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Segurança Pública e Cidadania: Regulamentação Das Redes Sociais é Urgente

Em um cenário de avanço tecnológico e globalização, as redes sociais emergem como palcos sem precedentes para a expressão e interação. Contudo, a recente ameaça de um empresário estrangeiro, proprietário de uma dessas plataformas, de desconsiderar uma decisão do judiciário brasileiro, suscita questões cruciais sobre a regulamentação dessas redes e a soberania nacional.

A recusa em acatar uma decisão judicial configura uma afronta direta à independência e soberania do Brasil. É inadmissível que o poder econômico privado, seja ele nacional ou internacional, possa impor regras sobre os Poderes da República brasileira. A soberania de um país reside em sua capacidade de fazer cumprir suas leis e decisões judiciais, e qualquer ameaça a isso deve ser tratada com a seriedade que merece.

A soberania é um conceito fundamental no direito internacional e na política, que se refere à autoridade suprema de um Estado. Ela é exercida dentro do território de um país, sem interferência externa, permitindo que o Estado faça cumprir suas leis, tome decisões políticas e judiciais e defenda seus interesses.

A regulamentação das redes sociais é crucial para assegurar que a liberdade de expressão seja exercida de maneira lícita e legítima. Não se trata de cercear o direito de expressão, mas de estabelecer limites para prevenir que essas plataformas se tornem palco de crimes e discursos de ódio.

A liberdade de expressão é um direito constitucional, mas não é absoluta. Ela deve ser exercida com responsabilidade e respeito aos direitos e à dignidade dos outros. A libertinagem de manifestação, onde crimes são praticados e fomentados pelas redes sociais, é inadmissível e deve ser combatida.

A regulamentação das redes sociais é uma questão de soberania e de respeito aos direitos constitucionais. É preciso encontrar um equilíbrio entre a liberdade de expressão e a proteção dos direitos individuais e coletivos. O poder econômico privado como desse empresário internacional não pode estar acima da lei e da soberania nacional. O Brasil, como uma democracia robusta, tem o dever de proteger seus cidadãos e garantir que suas leis sejam respeitadas, tanto em seu território quanto no espaço virtual.

 

Carlos Roberto Souza- Delegado

 

 

 

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