As temperaturas elevadas em plena primavera já antecipam o clima de verão na região. Com essa alta na temperatura, a preocupação é justamente com a conta de energia. E, você sabia que, além do consumo dos seus equipamentos, a fatura traz outras cobranças?
A conta de energia é a soma do consumo, mais impostos, encargos setoriais, custos do processo de produção da energia elétrica e, dependendo do período, acréscimo da bandeira tarifária vigente. Ou seja, a tarifa da energia traz uma série de cobranças que resultam no total a ser pago todo mês.
Por isso, é importante compreender a composição da conta de energia, para identificar quais os hábitos precisam ser adotados por toda a família para evitar que a conta venha mais alta por causa do desperdício de energia elétrica.
Sua conta em fatias
Para facilitar a compreensão, é importante saber que o valor da tarifa é definido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), responsável pelas regras e fiscalização do setor elétrico no Brasil. É ela que também determina os processos de reajuste ou revisão tarifária de cada concessionária.
Em cada conta de energia estão cobrados os valores referentes ao consumo do imóvel em kWh no mês; custos da geração, transmissão e distribuição da energia que chega ao consumidor final (residências, estabelecimentos comerciais e industriais); encargos setoriais, impostos diretos, acréscimos da bandeira tarifária vigente e outros serviços.
De maneira didática, podemos comparar a conta de energia a uma pizza, em que o valor total se divide em fatias que vão para os respectivos órgãos e empresas responsáveis pelos serviços.
Sendo assim, em uma conta cujo valor final é R$ 100, por exemplo, 31%, ou seja, R$ 31 vão para a empresa responsável pela geração de energia. Outros 11% ficam com as empresas transmissoras, que transportam a energia até as subestações. A maior fatia, 33%, é destinada ao pagamento de encargos e impostos cobrados pelos governos federal, estadual e municipal, inclusive a Contribuição de Iluminação Pública, que é repassada integralmente às prefeituras.
Do total da conta de energia, 25% são repassados para a Energisa. A empresa tem a obrigação de usar esse montante para distribuir a energia a todos os 600 mil clientes da sua área de concessão; pagar fornecedores e prestadores de serviços; renovar e fazer a manutenção da sua frota; manter e ampliar a rede e os sistemas elétricos, bem como investir na modernização e melhoria da qualidade dos serviços prestados.
Economia no dia a dia
Depois de compreender o que é cobrado na conta, é importante que as pessoas desenvolvam hábitos que favoreçam o uso eficiente da energia. Além dos eletrodomésticos e eletrônicos que geram calor e costumam consumir bastante energia, outras práticas como guardar alimentos quentes na geladeira, sobrecarregar a tomada com vários aparelhos, deixar equipamentos em stand-by e lâmpadas ligadas o dia todo sem necessidade também contribuem para aumentar o gasto com a energia. A seguir mais dicas que ajudam a reduzir o consumo:
- A temperatura indicada para uso do aparelho é de 24º.
- Na hora de dormir, use a função sleep para evitar o desperdício e mantenha o aparelho limpo para o melhor funcionamento.
- Tenha o costume de juntar muitas peças para passá-las de uma vez só e siga as orientações do fabricante para regular a temperatura de acordo com cada tipo de tecido.
- Posicione a mesa de trabalho de forma a aproveitar a luz natural.
- Tire da tomada os aparelhos que já carregaram a bateria, como notebooks e celulares. Além de danificar o aparelho, deixá-lo conectado gera um consumo de energia desnecessário.
- Evite deixar os equipamentos em stand-by. A pequena luz vermelha, quando acesa, indica que o aparelho continua conectado, consumindo energia. Os aparelhos, quando ficam em stand-by – desligado, mas com aquela pequena luz vermelha on, mostrado que ele está conectado – também consomem energia.
- Utilize o chuveiro no modo verão.
- Evite banhos demorados.
- Desligue o chuveiro quando estiver se ensaboando.
- Dê sempre preferência às lâmpadas LED, que consomem até 80% menos que as lâmpadas convencionais.