ColunistasDestaqueDr. Carlos Roberto Souza

Segurança Pública e Cidadania: Mulheres negras são as principais vítimas de violência doméstica

Infelizmente, as mulheres negras têm sido as principais vítimas de violência no Brasil. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a taxa de homicídios de mulheres negras é 71% maior em comparação com mulheres brancas. Esses números são alarmantes e revelam uma clara disparidade racial.

No estado de Minas Gerais, a situação não é diferente. Segundo dados do Observatório da Mulher contra a Violência, 65% das vítimas de feminicídio no estado são mulheres negras. Isso demonstra a urgência de enfrentar essa realidade e promover mudanças significativas.

Felizmente, diversas ações estão sendo tomadas para enfrentar esse grave problema. No âmbito nacional, o governo brasileiro tem implementado políticas públicas externas para a proteção e promoção dos direitos das mulheres, como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio. Além disso, a criação de delegações especializadas no atendimento à mulher tem facilitado o acesso a serviços de apoio.

Em Minas Gerais, há um foco crescente na conscientização e na prevenção da violência contra as mulheres negras. Programas educativos nas escolas e em comunidades visam promover a igualdade de gênero e combater estereótipos específicos. Também há iniciativas para fortalecer o atendimento psicológico e jurídico às vítimas, proporcionando um ambiente seguro para que possam denunciar casos de violência.

“Agosto Lilás” nos convoca a refletir sobre a triste realidade enfrentada pelas mulheres negras no que diz respeito à violência. Os dados alarmantes nos mostram a necessidade urgente de ações coordenadas para proteger e empoderar essa parcela da população. Tanto no Brasil quanto em Minas Gerais, avanços estão sendo feitos por meio de políticas públicas e programas educativos, mas ainda há um longo caminho a percorrer.
Juntos, podemos trabalhar para mudar essa realidade, promovendo um ambiente de igualdade, respeito e segurança para todas as mulheres, independentemente do seu corpo.

 

Carlos Roberto Souza – Delegado

 

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