A rodovia BR 116, no Distrito de Realeza, no amplo trevo de cruzamento com a BR 262 e ao longo do trecho em que as duas vias são paralelas, não vai receber no momento nenhum tipo de investimento, nem pela empresa concessionária da 116, nem pelo Governo Federal. O percurso de 02 quilômetros no distrito de Manhuaçu, onde as rodovias se cruzam, ficou fora do repasse para a iniciativa privada e a situação ainda é avaliada.
Nos demais trechos da BR 116, entre o Rio de Janeiro e Governador Valadares, atravessando os cerca de 50 quilômetros no município de Manhuaçu, praças de pedágio, bases de apoio, implantação de terceira faixa e duplicação de vias, construção de trevos e retornos estão entre as obras previstas.
As licenças ambientais para execução de obras na BR 116, que demandam a abertura de espaços ou grande movimentação de terras para ampliação da pista, duplicação em alguns trechos e construções de praças de pedágio e bases de apoio, que vão proporcionar melhorias na trafegabilidade e segurança para os usuários da rodovia, prevêem também alguns investimentos compensatórios ao longo da rodovia.
Em Manhuaçu, estão previstas implantações de passagem de fauna em áreas de florestas e barreiras de ruído, como detalhou em entrevista exclusiva ao Tribuna do Leste o Diretor de Engenharia de Concessões da EcoRioMinas, concessionária da BR 116, Luis Salvador.
As melhorias na BR 116 no município de Manhuaçu previstas são:
28,4 quilômetros de faixas adicionais, distribuídas entre o distrito de Dom Corrêa e a divisa com São João do Manhuaçu (até o 6º ano);
-7,1 quilômetros de vias duplicadas (até o 7º ano);
-Implantação de 7 dispositivos de retorno tipo “X” e tipo “U” ao longo do trecho que percorre o município (até o 6º ano);
-4 passagens de fauna;
-259 metros de barreiras de ruído (divisórias, placas acústicas de metal, implantadas em trechos urbanos com o objetivo de reduzir o impacto da poluição sonora);
-2 acessos;
-2 pontos de ônibus (até o sétimo ano de concessão);
-1 Base Operacional com prazo de conclusão até 22 de março de 2023.
-As obras de duplicação serão implantadas até o 7º ano de concessão e as demais obras até o sexto ano de concessão.
Texto: Júlio Oliveira