CidadeColunistasDr. Carlos Roberto Souza

Segurança Pública e Cidadania: A consequência desenfreada da degradação do Meio ambiente

É conhecido por nós que o período de chuvas vem sempre acompanhado de enchentes, deslizamentos e enxurradas. Isto não ocorre desde há pouco tempo. Sempre ocorreu. Entretanto, com o crescimento populacional e a exploração do solo urbano e rural de forma irregular, os fenômenos climáticos têm resultado em consequências gravosas à população.

Existe uma frase que diz “amaldiçoam as tragédias que o rio trás com as cheias, mas não se lembram das margens que o comprimem”. Ocupações indevidas às margens dos rios, construções em encostas são comuns em nossa região.

O crescimento populacional nas cidades somada à ausência de fiscalização ou de um plano diretor, favorece essas ocupações irregulares. Após a população se instalar às margens dos rios e em encostas, esta tem um risco para sua segurança quando das chuvas e o poder público um problema que se mostra insolúvel e crescente a cada ano.

As enchentes e deslizamentos de terras são fenômenos naturais potencializados pela urbanização desordenada. São um problema que atinge milhões de pessoas em todo o país e não é diferente em nossa região, onde o problema se agrava em razão da topografia.

Como consequência deste período chuvoso, temos danos materiais, prejuízos financeiros e à saúde e, em casos mais extremos, mortes por afogamento e em deslizamentos.

A solução ou a mitigação dos efeitos das enchentes numa área urbana ocupada desordenadamente não são baratas para o Poder Público. Construção de diques e barreiras de contenção nas margens dos rios e de piscinões para o armazenamento de água; reflorestamento das margens dos rios; planejamento urbano adequado; retirada da população de áreas de risco geológico e educação ambiental. Como já podemos imaginar, estas soluções dependem de aporte gigantesco de recursos públicos.

Não há como negar que nossas cidades toleram ocupações irregulares; não planejamos lá atrás e com isso, enfrentamos ano após ano prejuízos e por vezes tragédias. A solução neste momento para aqueles que estão ocupando áreas de risco de deslizamento e inundação, chegando às chuvas de Verão, é seguir as orientações das autoridades e, se necessário, abandonar o local. Para o futuro, planejar uma solução viável para diminuir as crises de Verão e não permitir que novas ocupações irregulares ocorram.

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