Um boletim divulgado neste início de semana (19/07) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) aponta um total de 32 casos confirmados em laboratório da chamada varíola dos macacos. Os oito casos mais recentes foram registrados em Belo Horizonte (7) e em Governador Valadares (1) além de dois casos suspeitos em cidades do Vale do Aço.
Conforme o balanço, até o momento, são 27 pacientes notificados na capital, dois em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, dois em Sete Lagoas e um em Mariana, na região Central. Todos os pacientes são homens, com idades entre 22 e 46 anos, estão estáveis e em isolamento. Entre eles, apenas dois foram internados por dificuldades de isolamento domiciliar.
Dos casos confirmados, o local provável de contaminação é por viagem ao exterior para países com histórico de transmissão e deslocamentos recentes a São Paulo e Rio de Janeiro. A SES-MG ressalta que Belo Horizonte é a única cidade do Estado que já apresenta transmissão comunitária da doença causada pelo vírus monkeypox.
Além dos 32 casos confirmados, 30 estão em investigação e um caso foi classificado como provável. Os casos aguardam resultados de exames laboratoriais realizados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Em Ipatinga, no Vale do Aço, a Secretaria de Saúde informou que o município tem o primeiro caso suspeito da varíola dos macacos. Trata-se de uma criança com sete anos, que teve contato com parentes da cidade de São Paulo e cujo quadro está sendo monitorado pela equipe do Hospital Municipal.
Enquanto isso, em Coronel Fabriciano, a Fundação Ezequiel Dias (FUNED), do Governo de Minas, informou nesta segunda-feira, dia 18 de julho, que os exames relativos a um paciente da cidade com suspeita da doença, deram negativo. Apesar do resultado, o município se mantém alerta aos riscos da doença, com qualificação das equipes de saúde para a adoção correta dos protocolos e do tratamento disponível.
A varíola dos macacos é uma zoonose silvestre, ou seja, um vírus que infecta macacos chamado “monkeypox”, mas que incidentalmente pode contaminar humanos. A doença é transmitida por meio de gotículas, provocando lesões que se assemelham à catapora ou sífilis. Forma-se no corpo uma crosta que, gradativamente, cai.
Os sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. As lesões na pele se desenvolvem na maior parte das vezes no rosto e depois se espalham para outras partes do corpo. O período de incubação da varíola dos macacos costuma ser de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, conforme relato do Butantan. Por isso, pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por 21 dias.