DestaqueSaúde

Sarampo, caxumba e rubéola ameaçam duas a cada cinco crianças em Minas

Duas a cada cinco crianças com menos de 2 anos não estão protegidas contra sarampo, caxumba e rubéola em Minas. A taxa de vacinação está bem abaixo do que é preconizado pelos órgãos de saúde. O alerta para doenças já erradicadas ganha mais força em meio à desaceleração da pandemia, que abre caminho para as flexibilizações nas cidades. Uma campanha de imunização está em curso.

Altamente transmissíveis, as enfermidades podem deixar sequelas graves e até matar. Os riscos, no entanto, podem ser combatidos por meio das duas doses da tríplice viral – disponíveis gratuitamente nos postos de saúde.

O Estado terminou 2021 com uma cobertura inferior a 80% para a primeira dose, aplicada em meninos e meninas de 1 ano. Já o reforço, administrado aos 15 meses, foi recebido por apenas 64% do público infantil. A meta do Ministério da Saúde é 95%.

“A pandemia só veio agravar ainda mais esse cenário. Desde 2016, o Brasil vem apresentando queda sistemática na cobertura, um fato que ocorre por conta da ausência de campanhas de reforço para a vacinação em geral”, acredita o infectologista Unaí Tupinambás.

Para o médico, há risco de um surto de sarampo no país. No último ano, assim como nos primeiros três meses de 2022, nenhum caso foi confirmado no Estado, segundo dados atualizados pela Secretaria de Saúde (SES-MG).

O pediatra e epidemiologista especialista em imunização, José Geraldo Ribeiro, também fala em risco “imediato”, sem a imunização completa. Ele faz um apelo aos pais para que levem os filhos para se proteger.

“As baixas coberturas colocam em risco o controle dessas doenças. No caso do sarampo, uma doença potencialmente grave, esse risco é ampliado pela grande capacidade de transmissão do vírus”.

Campanha
Na tentativa de aumentar a cobertura vacinal e interromper a circulação ativa do sarampo, uma campanha nacional de imunização está em curso. Em Minas, a ação segue até 3 de junho, com o Dia D no próximo dia 30. Estão sendo vacinadas com a tríplice viral as crianças de seis meses a menores de 5 anos.

Hoje em Dia / Marina Proton 

Comentários

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo