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Setembro está chegando ao fim, mas campanha de valorização da vida deve permanecer o ano todo

O mês de setembro vai chegando ao fim, mas o “setembro amarelo”, ainda deve perdurar junto a sociedade, principalmente pelo viés do tema proposto:  a prevenção ao suicídio. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram que o número de suicídios no Brasil em 2020 alcançou a marca de 12.895, tendo registrando aumento de 0,4% em relação ao ano anterior que teve 12.745 casos em todo o país. Entre os estados com maior número de registros estão São Paulo, Minas Gerais e Porto Alegre.

A psicóloga de Manhuaçu, Maria Thais de Andrade, esclarece os principais fatores de risco para o suicídio “ Pessoas que já tem história prévia, que se automutilam, histórico de transtorno mental, esquizofrenia, depressão, bipolaridade, pessoas que sofrem ou sofreram bullying ou o cyberbullying nas redes sociais, pessoas que já vivenciaram violência no convívio familiar, pessoas com histórico de suicídio na família e abuso sexual, pessoas que fazem usos de álcool e drogas além de pessoas em grupos de vulnerabilidade” destacou.

Estar atento a sinais de alerta pode corroborar como uma alternativa de tratamento precoce e eficaz. “Devemos prestar atenção a sinais de alerta como a mudança de comportamento, demonstram falta de esperança, ideias suicidas, pessoas que param de adotar cuidados pessoais, hábitos alimentares, pessoas que de repente passam a ter vícios, se isolam da família e dos amigos, pessoas que diminuem o rendimento escolar ou pessoas que começam a se auto agredir” frisou a profissional.

De acordo com o último relatório acerca do tema, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que, só em 2019, mais de 700 mil óbitos ocorreram por suicídio. E utilizar ferramentas da comunicação para debater de maneira responsável sobre o assunto é crucial para a diminuição desse número alarmante. No Brasil, qualquer cidadão pode encontrar ajuda especializada por meio do Centro de Valorização da Vida (CVV), com atendimento 24 horas por dia no telefone 188.

Danilo Alves – Tribuna do Leste

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