Nova bandeira deixa luz mais cara
A taxa tem o valor de R$ 14,20 a cada 100 kWh, e será aplicada às contas já a partir desta quarta-feira (1º)
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou, nesta terça-feira (31), o que já era esperado pelo mercado: um novo aumento nas contas de luz. Foi criada uma nova bandeira tarifária chamada de bandeira de escassez hídrica. A taxa tem o valor de R$ 14,20 a cada 100 kWh, e será aplicada às contas já a partir desta quarta-feira (1º). A bandeira ficará em vigor até 30 de abril de 2022.
O novo valor representa um aumento de 49,6% (ou R$ 4,71) em relação à atual bandeira vermelha patamar 2 (de R$ 9,49 por 100 kWh), que estava em vigor nos últimos meses. No final de junho, o valor da bandeira vermelha patamar 2 já havia subido 52%.
Entre os principais motivos para esta elevação está a crise hídrica que o país enfrenta, especialmente na Bacia do Rio Paraná, que atinge a Usina de Itaipu. Com isso é necessária a ativação das termelétricas, que geram energia mais cara. As bandeiras tarifárias foram criadas justamente para subsidiar esses custos. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a nova taxa provocará aumento de 6,78% na tarifa média dos consumidores regulados, como os residenciais.
O novo modelo de cobrança foi definido pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg), criada em junho e que reúne representantes de ministérios e o próprio presidente Jair Bolsonaro. A Creg também criou um programa que incentiva a economia de energia nas residências e prevê um bônus de R$ 50 por 100 kWh reduzidos, limitado à faixa de economia entre 10% e 20%.