Nesta semana, de 19 a 24 de julho, é celebrado a Semana Nacional da Agricultura Familiar, instituída pela Lei 13.776, de autoria do deputado Heitor Schuch (PSB/RS), que tem o objetivo de promover debates, construir pautas de reivindicações e de comemorações e, principalmente, apresentar para a sociedade a agricultura familiar como grande produtora de alimentos e preservadora do meio ambiente.
Esta ação soma-se à iniciativa da FAO e ONU que instituíram no mundo a Década da Agricultura Familiar, a ser trabalhada de 2019 a 2028, buscando conscientizar as pessoas do campo e da cidade para os cuidados com a terra, a água e o meio ambiente e, em especial, para a produção de alimentos de qualidade.
No mundo, 90% das propriedades rurais são de agricultores familiares, que produzem 80% de toda a comida que chega à mesa das pessoas. No Brasil, é responsável por mais de 70% dos empregos no campo e por cerca de 50% da produção agropecuária, respondendo por 67% da mão de obra ocupada no meio rural. Dos 5.073.324 estabelecimentos agropecuários contabilizados pelo IBGE no país, 77% são da agricultura familiar, que ocupam apenas 23% da área total de terra e produzem mais de 50% dos componentes da cesta básica nacional.
Mesmo tendo essa importância toda, ainda existem grandes desafios a enfrentar, como a questão da sucessão rural − porque sem ela a agricultura familiar acaba −, a falta de infraestrutura no Interior, como Internet, energia elétrica de qualidade, o alto custo e produção e a falta de políticas de industrialização dos produtos agropecuários.
Portanto, cabe salientar a todos os setores e esferas de governo que a agricultura familiar é essencial em qualquer política de segurança alimentar, de geração de empregos, de redução do êxodo rural e também fonte de recursos e renda.