Reforma de estruturas aperfeiçoa trabalho de proteção do Parque Estadual do Rio Doce
Projeto prevê ações de recuperação e conservação florestal em sete municípios: Caratinga, Simonésia, Manhuaçu, Ipanema, Santa Bárbara do Leste, Santa Rita de Minas e Piedade de Caratinga.
O Parque Estadual do Rio Doce teve suas instalações reformadas para melhorar o trabalho na unidade de conservação. As edificações, que compõem a Unidade de Apoio à Pesquisa e Fiscalização do Revés de Belém, agora oferecem estruturas aperfeiçoadas para o trabalho de funcionários e pesquisadores.
A reforma foi feita em parceria com a empresa Cenibra, que disponibilizou os recursos. O espaço está localizado sobre uma ponte construída sobre o rio Doce, no município de Bom Jesus do Galho. A estrutura é composta por três edificações, sendo dois laboratórios e um posto de vigilância, além de alojamentos.
Na solenidade de inauguração, o diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), João Paulo Sarmento, destacou a importância das parcerias para conservação das unidades de conservação do Estado. “O Parque é um patrimônio inestimável e o Estado precisa do apoio de todos para mantê-lo”, afirma. “Quanto mais aproximarmos o Parque da comunidade, mais parceiros teremos e mais protegida estará a natureza em Minas”, completa.
Já o diretor-presidente da Cenibra, Naohiro Doi, afirmou que os investimentos em preservação ambiental são naturais para a Cenibra. “O Parque Estadual do Rio Doce é um local de excelência para os esforços de conservação da natureza da Cenibra e a relação com o IEF é muito importante e necessária”, afirma.
História
O gerente do Parque Estadual do Rio Doce, Vinícius Assis Moreira, explica que a ponte em forma de arco, conhecida na região como Ponte Perdida, foi erguida sobre o Rio Doce nos anos 1960 como uma tentativa de implantação de uma estrada projetada para ligar os municípios de Timóteo e Coronel Fabriciano a Caratinga.
“O local é um marco da luta de entidades conservacionistas pela proteção da unidade de conservação que, em 1973, conseguiram uma mobilização que impediu a construção da rodovia, que dividiria a área do Parque”.
“A estrutura instalada no Revés do Belém facilitará o trabalho de pesquisa, fiscalização e conservação da natureza”, observa Moreira. “Aqui, temos um posto avançado que facilita as ações, reduzindo os deslocamentos, já que a ponte está localizada a quase 80 km da portaria do Parque”.
O Parque Estadual do Rio Doce foi a primeira unidade de conservação estadual criada em Minas Gerais e está situado nos municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo. A unidade de conservação possui 36.970 hectares do bioma Mata Atlântica, o que a faz ser reconhecida como Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Seu sistema lacustre, composto por quarenta lagoas, o inclui na Lista de Zonas Úmidas de Importância Internacional, a Lista Ramsar.
Corredor Ecológico
Durante a solenidade, foram empossados os integrantes do Comitê Gestor do Corredor Ecológico Sossego Caratinga. O grupo coordenará as ações para conservação da área que foi criada em 2014, fruto de uma parceria entre o IEF e a Fundação Biodiversitas.
É a primeira área do tipo em Minas Gerais reconhecida oficialmente. O objetivo principal é promover a conexão de áreas da Mata Atlântica da região, tendo como eixo de ligação as Reservas Particulares do Patrimônio Natural Mata do Sossego, em Simonésia, e Feliciano Miguel Abdala, em Caratinga.
O projeto prevê ações de recuperação e conservação florestal em uma área de 66.424,5607 hectares, que está inserida em sete municípios: Caratinga, Simonésia, Manhuaçu, Ipanema, Santa Bárbara do Leste, Santa Rita de Minas e Piedade de Caratinga.
Agência Minas