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Funcionários dos Correios entram em greve em todo o país

Os funcionários dos Correios em Manhuaçu aderiram à greve nacional e suspenderam serviços em agências da cidade na manhã desta terça-feira (18). De acordo com representantes da categoria, não há prazo para o fim da paralisação.

As reivindicações feitas pelos colaboradores da cidade são as mesmas anunciadas pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios (FENTECT) na noite desta segunda (17):

  • Os trabalhadores são contra a privatização da estatal;
  • Reclamam da revogação do atual Acordo Coletivo;
  • Pedem que direitos trabalhistas e de saúde sejam garantidos na pandemia.

Segundo a FENTECT, a revogação do Acordo Coletivo aconteceu em agosto, sendo que o acordado tinha previsão para vigorar até 2021. Com a suspensão, a federação alega que os trabalhadores deixaram de ter acesso a diversos benefícios.

“Foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, em uma atitude desumana impedindo tratamentos diferenciados e que garantem melhor qualidade de vida, pagamento de adicional noturno e horas extras”, diz texto publicado no site da federação.

Além disso, a FENTECT justifica a greve diante da possível privatização dos Correios e o aumento da participação dos trabalhadores no Plano de Saúde — o que, segundo a federação, gera grande evasão e o descaso e negligência com a saúde e vida dos ecetistas na pandemia da Covid-19.

O que dizem os Correios?

Em nota, a estatal informou que não pretende suprimir direitos dos empregados. A empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e em outras legislações, resguardando os vencimentos dos empregados.

Sobre as deliberações das representações sindicais, os Correios afirmam que possuem um Plano de Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa.

“No momento em que pessoas e empresas mais contam com seus serviços, a estatal tem conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades comerciais, movimentando a economia nacional”, diz o texto.

A estatal ressalta que, desde o início das negociações com as entidades sindicais, teve como objetivo cuidar da sustentabilidade financeira para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.

“A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da FENTECT, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período – dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida”, explica em nota.

Sobre os cuidados com a saúde dos trabalhadores durante a pandemia, os Correios informaram que reforçam o controle do fluxo de atendimento nas agências e organizam os clientes de modo a manter a distância recomendada.

Além disso, relata que está atuando com força de trabalho reduzida devido à iniciativa de redirecionar os colaboradores classificados como grupo de risco para o trabalho remoto.

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