Escola Estadual de Manhuaçu desenvolve projeto sabão ecológico
Os alunos da Escola Estadual de Manhuaçu (Ex-Polivalente) iniciaram um projeto que visa conscientizar a população, a fim de diminuir a quantidade de óleo descartado no meio ambiente. Na segunda-feira 19/09, a experiência saiu do papel para a prática com o início da produção do “sabão ecológico”, que foi produzido em grande escala devido a quantidade de matéria prima que eles conseguiram junto às pessoas, que acharam a iniciativa louvável, para evitar o descarte do óleo de maneira indevida.
A ideia surgiu depois que a professora de gestão ambiental, Christiane Alves de Souza Fochat propôs um desafio entre os alunos, para trabalharem um projeto ligado ao meio ambiente. O grupo passou a coletar o óleo utilizado nas residências, bairros onde moram para transformar em sabão.
Christiane Alves de Souza Fochat conta que, na primeira etapa do projeto, os alunos conseguiram coletar 300 litros de óleo. Alguns contaram com a colaboração dos familiares, que também abraçaram a causa. Outros desafiaram o tempo, percorreram cada moradia para conseguir a matéria prima e ao mesmo tempo falavam do projeto de conscientização e preservação ambiental.
A professora ressalta que o sabão ecológico é produzido a partir do óleo de cozinha, utilizado no dia a dia e traz benefícios por não agredir a natureza e poluir o meio ambiente. Além de superar a qualidade do sabão produzido nas indústrias comuns, o sabão ecológico não agride a pele e não contêm produtos químicos como os industrializados. Christiane Alves de Souza Fochat explica que o óleo, quando jogado na pia traz um prejuízo lastimável ao meio ambiente. “Estudos comprovam que a cada litro de óleo lançado, contamina até um milhão de litros de água. Essa quantidade é considerada para 14 anos de vida do ser humano. Arrecadar o óleo é um jeito de aproveitá-lo sem causar danos a natureza”, detalha a idealizadora do projeto sabão ecológico.
Observando o aspecto econômico, a pessoa vai deixar de comprar o sabão no supermercado. O lado social também vai ser benéfico, visto que, a produção será doada a famílias carentes, creches, comunidade, entre os participantes e até mesmo na escola. Para os participantes, será um aprendizado para iniciar o empreendedorismo, na transformação de algo que seria jogado fora em fonte econômica.
Sonhos vão além da sala de aula
Ao perceber o espírito empreendedor dos alunos na causa, a idealizadora do projeto Christiane Alves de Souza Fochat inscreveu o projeto no concurso nacional, que está sendo promovido pela Samsung, que criou o projeto para que todos participem da vida da comunidade a fim de diminuir o impacto ambiental. Assim sendo, o projeto sabão ecológico desenvolvido na Escola Estadual de Manhuaçu estará concorrendo com outras escolas de todo o Brasil.
Eduardo Satil