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Páscoa em casa: as celebrações do principal evento do calendário cristão em meio à Covid-19

Em meio a pandemia que o mundo vive do novo coronavírus, a Igreja Católica tem buscado formas de manter suas celebrações e meios de comunicação como rádio, televisão e internet tem sido de fundamental importância. Em nossa região, as transmissões da Santa Missa de segunda a sexta-feira, às 18:10h, e aos domingos às 09h, pelas Rádios Manhuaçu AM, Nova FM e plataformas digitais permitem que milhares de pessoas possam rezar de suas casas ou locais de trabalho.

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A respeito dessa dinâmica, que embora não seja inédita, mas ganha força nesse momento, o Presidente da Fundação Expansão Cultural, Pe. Luís Carlos Ramos enxerga a comunicação como ferramenta fundamental nesse momento de isolamento social. “A Igreja, em sua história milenar, vai se adequando à realidade da sua época às mudanças que se fazem necessárias. A Igreja sempre comunicou, podemos dizer que ela foi a primeira a avançar nesse aspectos e consegue fazer agora sua adaptação à internet. É claro que nunca se pensou que chegaríamos a tal extremo de celebrar uma Semana Santa em que as pessoas estivessem em suas casas e nós estivéssemos celebrando nos templos através dessa comunicação, mas é a realidade que está aí e a Igreja, ao meu ver, se adapta muito bem até porque já vinha fazendo, é uma novidade mas ao mesmo tempo é uma prática já realizada”, explica. 

Pe. Luis Carlos reforça a importância de se fazer para proteger as pessoas nesse momento de pandemia. “Ainda bem que temos esse meio, é a evolução que temos, da capacidade que o ser humano tem em criar e, aquilo que é para o bem, realizar, se cumprir, fazer e a Igreja não pode ficar fora dessa realidade. Estamos celebrando de uma forma muito diferente, sem a presença das pessoas mas a Igreja também, muito responsável, assim o faz para proteção da vida, que nós sempre defendemos e cremos”, pontua.

A pandemia afeta o mundo num momento crucial da liturgia católica, a Semana Santa. Pe. Luis Carlos explica que é momento de esperança. “A esperança nos conduz, nos coloca nesse movimento. Daqui celebrando, levando a experiência do Sagrado através desse meio e a pessoa acolhendo, porque uma coisa é quando tenho a oportunidade de ir de prefiro estar aqui e no momento agora eu não posso ir, tenho de estar em casa, então vamos acolher aquilo que eu não pude ir para que assim possamos receber através da internet, do meio de comunicação, que nos possibilita, mesmo estando cada um na sua casa, não deixar de celebrar, deixar de viver. Redescobrimos um novo tempo, um novo momento, vamos vivenciá-lo da melhor maneira, da forma mais profunda, com essa esperança de dias melhores e voltaremos ao decurso da nossa história onde, hoje, não estamos reunimos mas permanecemos unidos, nós continuaremos caminhando com Deus, para Deus, através da experiência da nossa fé”, afirma.

Embora cada um esteja rezando de forma individual em suas casas, Pe. Luís Carlos diz que a relação que existe entre irmãos e irmãs de caminhada de fé ganha uma nova importância. “Estamos redescobrindo o valor de estarmos juntos, família, comunidade religiosa, pessoas que estão no mesmo espaço, na mesma casa, mas muitas vezes distantes. Redescobrimos o valor de escutar o outro, entender e até mesmo sentir a dor do outro, assim, vamos formatar um novo jeito de viver. Nunca estivemos tão próximos, porque a internet cria essa aproximação mas nunca estivemos tão escandalosamente longe da presença uns dos outros. Creio que, na sabedoria do Santo Padre, ele nos leva a refletir a importância de valorizar o outro, da escuta, e como é necessário que a gente ouça, é preciso ecoar dentro de cada um de nós”, explica.

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