Folheto tem como foco temas de responsabilidade municipal
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) firmaram recentemente uma parceria para divulgar o folheto “O seu Município em Números 2016”, que já está sendo distribuído no país. As informações trazem dados relevantes de cada um dos 5.570 municípios brasileiros, como o perfil da população e dos domicílios, saúde, educação e economia, bem como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM). O documento tem o objetivo de apoiar candidatos, eleitores e formadores de opinião nas eleições do próximo domingo, dia 02 de outubro.
Com esse material, a Justiça Eleitoral e o IBGE esperam propiciar aos cidadãos debates pré-eleitorais mais interessantes e com maior conhecimento da realidade. Para cada município, os folhetos trazem informações do TSE e do IBGE e outras fontes oficiais (ministérios da Saúde, da Educação, etc.).
De acordo com o chefe do IBGE Manhuaçu, Rafael Moreira, o folheto tem como foco temas que são de responsabilidade municipal, como destino final do lixo, ou que afetem diretamente a população, como mortalidade infantil, casos de dengue, acesso à creche, à pré-escola e ao ensino fundamental, entre outros. “Também há explicações sobre o que fazem prefeitos (as) e vereadores(as) e quais as responsabilidades de cada cargo, além da quantidade de eleitores por grupos de idade para cada município”, destaca.
População e domicílios
Uma estatística que chama atenção é a urbanização da população de Manhuaçu. Rafael afirma que atualmente existem 20 mil domicílios na área urbana, que compõem Manhuaçu e os demais distritos, e 4.179 domicílios na área rural. “Entre 2000 e 2010, a população de Manhuaçu cresceu a uma taxa média anual de 1,72%, enquanto no Brasil foi de 1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do município passou de 77,63% para 81,48%. Em 2010 viviam, no município, 79.574 pessoas. Entre 1991 e 2000, a população do município cresceu a uma taxa média anual de 1,70%. Na UF, esta taxa foi de 1,43%, enquanto no Brasil foi de 1,63%, no mesmo período. Na década, a taxa de urbanização do município passou de 71,71% para 77,63%”, explica.
Saúde
Outro dado referente a Manhuaçu e que apresentou alteração é a mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de idade). Ele passou de 19,4 por mil nascidos vivos, em 2000, para 14,8 por mil nascidos vivos, em 2010. Em 1991, a taxa era de 31,2. “É até uma felicidade saber que o Ministério da Saúde encontrou esses números que demonstram uma queda da taxa de mortalidade infantil em Manhuaçu, visto que o município teve uma taxa elevada em 2008 e hoje a taxa está em 14,8. Não é um número esperado, mas mostra uma melhora para nossa cidade”.
Economia
A respeito da economia local, o chefe do IBGE Manhuaçu elucida que embora as pessoas pensem que seja voltada totalmente ao setor agropecuário, a proporção desse setor é pequena. Ele esclarece que a maior parte do Produto Interno Bruto (PIB) do município atualmente é centrada no setor de serviços. “Percorremos Manhuaçu e constatamos muitas lojas, comércios, estabelecimentos médicos, e também o beneficiamento do café. A parte industrial tem uma certa representatividade em nosso município e a administração pública também responde por uma boa parcela do PIB municipal”.
IDHM
Manhuaçu ocupa a 2199ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros segundo o IDHM. O Índice da cidade é de 0,689, segundo senso de 2010, o que situa o município na faixa de Desenvolvimento Humano Médio (IDHM entre 0,600 e 0,699). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade, com índice de 0,839, seguida de Renda, com índice de 0,692, e de Educação, com índice de 0,563.
Rafael comenta que de 1991 a 2010, o IDHM do município passou de 0,447, em 1991, para 0,689, em 2010, enquanto o IDHM de Minas Gerais passou de 0,493 para 0,727. “Isso implica em uma taxa de crescimento de 54,14% para o município e 47% para Minas; e em uma taxa de redução do hiato de desenvolvimento humano de 56,24% para o município e 53,85% para o Estado. No município, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,348), seguida por Longevidade e por Renda”.
De acordo com o chefe do IBGE Manhuaçu a pesquisa revela intenção da entidade ao querer mostrar ao eleitorado e candidatos a real situação do município. Portanto, o IDHM se mostra uma ferramenta importante para saber o que deve ser analisado e melhorado em Manhuaçu. Rafael observa que embora Manhuaçu tenha apresentado uma melhoria razoável em relação ao IDHM, o índice se encontra abaixo de Minas Gerais e do Brasil. “Ou seja, Manhuaçu apresenta uma média pior que a estadual e nacional. Nossa região tem casos de cidades um pouco melhores que Manhuaçu, mas que também se encontram em situação abaixo. O melhor índice da nossa região é de Manhumirim. O IDHM serve para alertar a população quanto as carências que o município apresenta. Por isso fica o nosso alerta para que os munícipes saibam escolher pessoas que estejam dispostas a analisar o IDHM local e tentar melhorá-lo”, finalizou.
Danilo Alves