Na região ainda é difícil calcular os prejuízos causados pelas chuvas. Indiferente das cidades, a zona rural também foi afetada com estradas danificadas, desmoronamentos, lavouras que acabaram descendo e o desespero dos produtores.
Para entender os prejuízos sofridos pelos produtores, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG) solicitou um levantamento de campo, que está sendo realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER/MG) em todos os municípios que foram assolados. Em Manhuaçu, o Sindicato Rural tem passado informações aos produtores atingidos, que serão visitados por técnicos da EMATER, para levantar as principais necessidades, quantos hectares atingidos, a quantidade de pés de café destruídos e a situação atual. O trabalho será fundamental para que os produtores possam ajudar a contabilizar suas perdas.
Em entrevista à reportagem Tribuna do Leste, o presidente do Sindicato Rural de Manhuaçu, Antônio Teodoro Dutra enumerou que a situação mais complicada foi registrada nos Córregos do Gavião e Diniz, onde os produtores ficaram sem estrada e pontes caíram. Entre os municípios que estão ligados ao Sindicato Rural, somente Luisburgo apresenta uma situação mais delicada devido as trombas d’água que foram registradas, sobretudo, na Pedra Dourada. Segundo Antônio Teodoro, a FAEMG está preocupada com a condição dos produtores que estão com dificuldade financeira. Após o levantamento concluído, a EMATER e Sindicato elaborarão um documento para ser remetido à FAEMG, que encaminhará ao governo de Estado. “O pedido é para prorrogação das dívidas dos produtores com as instituições bancárias e a redução dos juros para os que foram atingidos. O produtor que teve problema pode procurar a EMATER, Secretaria Municipal de Agricultura e o Sindicato Rural”, destaca Antônio Teodoro Dutra.
Eduardo Satil