Coleta de sementes da Mata Atlântica pode multiplicar espécies
Um grupo de amigos pertencente a ONG Pró-Rio Manhuaçu inicia uma mobilização, para despertar a população sobre a necessidade de realizar a coleta de sementes de árvores centenárias existentes na região, espécies não catalogadas que tenham a identificação dos moradores, para serem produzidas em viveiros. De pouco a pouco, percebe-se que várias espécies florestais nativas da Mata Atlântica estão desaparecendo e com essa ação pode haver a restauração às áreas a serem recuperadas de reserva legal e de preservação permanente do bioma.
A participação dos proprietários rurais, para ajudar na coleta de sementes que está em baixa e mudas nativas com qualidade, diversidade adequadas para serem plantadas é um dos principais objetivos que levou os integrantes da ONG a lançarem a ideia, para a formação de viveiros.
O local escolhido para o projeto do “viveiro” foi cedido pela Comunidade Santa Mãe da Divina Providência, que fica no Coqueiro Rural. Lá, os recuperandos estarão produzindo as mudas, com toda orientação e cuidado para nada afetar a qualidade e garantir que as mudas sejam capazes de suportar a condição climática, para reflorestamento em vários lugares. Para isso é preciso que as sementes sejam de alta diversidade genética, coletadas com cuidado a fim de recuperar a capacidade do ambiente de se regenerar facilmente sozinho.
De acordo com um dos integrantes da ONG Pró-Rio Manhuaçu, Ronan Carneiro, os moradores da zona rural podem ter papel fundamental, para contribuir com a coleta de sementes. Ele ressalta que a participação das pessoas será ferramenta forte, uma vez que o projeto é para o reflorestamento da RPPN Mãe Sheila, que receberá no próximo mês 4 mil mudas. As mudas também serão doadas para proprietários rurais, bem como às próprias pessoas que coletarem as sementes.
Ronan Carneiro orienta as pessoas que no momento da coleta das sementes possa ser feita a identificação da espécie com detalhes na embalagem e até mesmo acrescentar de qual região a coleta foi realizada. “Esse trabalho será muito importante não somente para a ONG, mas, para todos os moradores, sobretudo da área na recuperação das espécies nativas. Com uma quantidade significativa de sementes, poderemos recuperar as áreas degradadas. Está na hora de um novo despertar de todos, para transformamos o meio ambiente com a multiplicação do plantio de mudas”, salienta Ronan Carneiro.
Eduardo Satil