Um deficiente auditivo entra no Fórum de Espera Feliz para uma audiência de interdição, prestes a vivenciar mais uma situação difícil em seu dia a dia, permeado pelas dificuldades impostas por sua condição.
Contudo, havia ali um oficial de apoio judicial intérprete da língua brasileira de sinais (libras), pronto a quebrar barreiras linguísticas e a permitir ao jovem a comunicação necessária para compreender o que acontecia ali e se fazer entendido.
Foi o relato dessa experiência de democratização do acesso à Justiça que o intérprete e oficial de apoio judicial Fellippe Concolato Heitor, servidor da Comarca de Espera Feliz, levou para um evento realizado em 26 de setembro, em Caparaó.
Iniciativa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Caparaó, em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), o evento marcou na cidade o Dia Nacional do Surdo.
Além de apresentações culturais e audiovisuais, a programação incluiu depoimentos pessoais de pais e profissionais que trabalham diretamente com a educação e a inclusão de surdos nos mais variados contextos, incluindo o Poder Judiciário.
Houve ainda palestra da professora, linguista e intérprete de libras Rita de Cássia Silva Sanglard, da cidade de Manhumirim.
Todas as atividades foram interpretadas simultaneamente em libras.