“Escoteiro da Pátria”: jovem de Manhuaçu recebe distintivo máximo do ramo sênior
O distintivo “Escoteiro da Pátria” é considerado a mais alta distinção que um jovem pode conquistar no escotismo brasileiro. Para isso, exige do jovem muita habilidade, dedicação, ousadia e aplicar a inteligência para planejar e executar tarefas consideradas desafiadoras. Instituído em 1921 pela extinta Associação dos Escoteiros Católicos, em outubro daquele mesmo ano, já houve a primeira entrega. Posteriormente, a concessão passou a ser feita pela União dos Escoteiros do Brasil, entidade que uniu todas as associações escoteiras que existiam no Brasil, a partir de 1924.
Após a criação do ramo Sênior (jovens de 15 a 17 anos), o título era concedido tanto para escoteiros, com o fundo verde, como para sêniores, com o fundo marrom. Em 1954, passou a ser concedido exclusivamente para o ramo Sênior, em fundo verde.
Essa condecoração foi concedida ao escoteiro, André Luiz Franciny, 17 anos, e nos últimos tempos cumpriu todas as etapas da progressão, sistema que engloba um conjunto de atividades e ações que visam tornar o ramo atrativo ao jovem e busca seu desenvolvimento como cidadão, sendo, então, o primeiro Sênior a ser condecorado com o título de “Escoteiro da Pátria”. A condecoração é aprovada pela diretoria técnica local, avaliada pela Regional e concedida pela Direção Nacional dos Escoteiros do Brasil, após detalhada análise de todos os requisitos necessários.
Para celebrar o momento, foi preparado um momento singular, que contou com a presença de familiares, amigos e integrantes da tropa, através de uma reunião, pelos chefes do ramo Sênior no grupo. No último sábado, dia 17 de novembro, o jovem André Luiz Franciny foi agraciado com a distinção, após uma longa caminhada no grupo escoteiro, iniciada em 2015, quando entrou para o grupo. Foi celebrada com alegria pelo grupo escoteiro “República Manhuassu” a conquista deste distintivo por um de seus jovens.
Em entrevista, André Luiz disse que para chegar ao ponto mais alto no grupo foi bastante desafiador, visto que, algumas tarefas foram difíceis, inúmeros desafios em cada etapa e por várias vezes o cansaço era inevitável. Segundo ele, para uma das etapas, teve que planejar uma jornada de bicicleta em torno de 40 quilômetros, sem “titubear” com as tarefas que eram cronometradas e calculadas para nada sair errado. O escoteiro conta que ele, juntamente com mais três saíram de Manhuaçu bem cedo, passaram por vários pontos complicados até ao Parque do Sagui, em Manhumirim, onde chegaram por volta de 20h. “Cada ponto mais complicado e somente eu e um parceiro conseguimos. A outra dupla desistiu. Esse distintivo significa para mim um marco de autenticidade, superação, companheirismo e muito sacrifício. O apoio da família também é fundamental, para essa conquista. Mas, olho para o distintivo “Escoteiro da Pátria” e sinto orgulho de fazer parte do grupo”, conta André Luiz emocionado.
Eduardo Satil – Tribuna do Leste