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Apae Manhumirim destaca realização da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla

Presidente da Apae de Manhumirim, Mauro Lúcio VidalComeçou no dia 21 e vai até terça-feira, 28, a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla 2018. É a primeira iniciativa a ser realizada após a entrada em vigor da Lei 13.585 de 26 de dezembro de 2017, que consolidou essa mobilização anual da Federação Nacional das Apaes (Fenapaes). A Semana Nacional tem o objetivo de estimular o debate e colocar a sociedade em reflexão sobre a importância da inclusão. Para este ano, o tema escolhido pela Fenapaes, em consulta à Rede Apaena, é “Família e Pessoa com Deficiência, protagonistas na implementação de políticas públicas”.

De acordo com o presidente da Apae de Manhumirim, Mauro Lúcio Vidal, agora transformada em lei, a Semana Nacional contribui para a participação da sociedade no movimento em prol da inclusão das pessoas com deficiência, para a eliminação das desvantagens, para o combate à discriminação e para o reconhecimento das potencialidades das pessoas com deficiência, favorecendo momentos de reflexão a respeito da questão. “Como já é de conhecimento de todas as entidades que compõem o Movimento Apaeano, esse momento é utilizado como um espaço de  divulgação das suas ações e serviços junto às organizações sociais, órgãos públicos, empresas e imprensa. Isso pode ser feito por meio de audiências públicas, debates, apresentações culturais, exposições, passeatas, dentre outros, conforme os espaços de convivência de sua cidade”.

Mauro Lúcio afirma que é fundamental neste processo escutar a família e a pessoa com deficiência intelectual para entendermos melhor suas demandas, pois nem sempre aquilo que os profissionais entendem como necessário na implementação de políticas públicas para a pessoa com deficiência intelectual corresponde com o que pensa essa pessoa e sua família. “Diante disso, é necessária uma participação ativa tanto da família como da pessoa com deficiência intelectual na condução do caminho das políticas públicas voltadas a esse público. Neste caminho de corresponsabilidade entre profissionais, família e pessoa com deficiência intelectual todos esses atores devem participar ativamente”, reitera. No estimulo a essa participação as Apaes tem papel fundamental por meio do trabalho social com as famílias e com essa pessoa, propondo ações na lógica do diálogo e da participação.

Histórico

Instituída em 1964 com o nome de Semana Nacional da Criança Excepcional, foi pensada para elucidar a condição dessas pessoas de forma a contribuir para a desconstrução de preconceitos e para divulgar quais são as necessidades destas pessoas, cada uma com sua excepcionalidade. A primeira Apae no Brasil resultou do protagonismo das famílias das pessoas com deficiência intelectual e múltipla, devido à ausência de políticas públicas, para esses cidadãos, em nosso país. Em decorrência, hoje, em 2.178 Apaes, mais de 350.000 famílias encontram-se atendidas na Rede Apae. “Um Movimento que cresceu, ficou adulto e está iniciando a terceira idade aos 63 anos de existência. Em toda a sua caminhada histórica, inúmeras bandeiras foram levantadas, muitas derrotas e muitas conquistas vêm acontecendo”, reforça.

Segundo o diretor da Apae de Manhumirim, a escolha do tema “Família e Pessoa com Deficiência, Protagonistas na Implementação das Políticas Públicas” para a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla de 2018, vem reafirmar no contexto desse Movimento, a importância da participação da família, em todos os processos de vida de seus filhos, seja educacional, de desenvolvimento, de habilitação e reabilitação, e demais projetos como na gestão das Apaes. “De acordo com o Lema da Convenção Internacional da ONU, da qual o Brasil é signatário, “Nada Sobre Nós sem Nós”, não é possível que as diretorias, conselhos de administração e assembleias das Apaes, aconteçam sem a participação efetiva dos familiares ou seus representantes e da própria pessoa com deficiência, por meio de seus autosdefensores”, acrescenta.

Participação familiar

É de suma importância dizer que a família é um dos meios para a defesa dos direitos da pessoa com deficiência e o trabalho da autodefensoria e família devem estar integrados. Existe uma avaliação do quanto devem-se investir e promover a formação para a disseminação de conhecimento tanto para os atores que lidam com a deficiência quanto para os familiares. Para o presidente da Apae de Manhumirim, faz-se ainda a reflexão de que para uma formação política e participação mais efetiva da pessoa com deficiência quanto a de seus respectivos familiares, é necessário um exercício, adotar uma cultura política. “A Rede Apae caracteriza-se também como um Movimento de defesa e garantia de direitos da pessoa com deficiência e suas famílias. Nesse sentido, a Apae de Manhumirim, por meio de seus serviços seja de Assistência Social, Saúde ou Educação, não pode prescindir da realização de trabalhos com a família, priorizando a autogestão e autonomia, tanto da pessoa com deficiência como de seus familiares, buscando por meio de diferentes ações de forma planejada e continua o fortalecimento dos vínculos familiares. Da mesma forma, outras ações para a melhora da autoestima, a inclusão da pessoa com deficiência em sua própria família e na comunidade local, para que suas vozes ecoem, resultando no fortalecimento da própria Apae, na condição de entidade de defesa e garantia de direitos ou de atendimento à pessoa com deficiência”, afirma.

Danilo Alves – Tribuna do Leste

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