Urnas que serão usadas nas eleições 2018 chegam a Manhuaçu
As eleições estão vindo, mas antes delas, quem chegou a Manhuaçu foram as urnas eletrônicas. Chagaram no dia 02/08, 302 urnas que serão utilizadas na hora de decidir os novos representantes políticos no mês de outubro. A 167ª Zona Eleitoral de Manhuaçu é composta por cinco municípios – Simonésia, Santana do Manhuaçu, São João do Manhuaçu, Luisburgo e Reduto, que totalizam cerca de 95 mil eleitores, sendo que em Manhuaçu são mais de 58 mil votantes.
Em todos os anos de eleições no Brasil, além dos acalorados debates entre os candidatos e suas propostas, sempre surge uma pergunta: a urna eletrônica é realmente segura? Essa questão mexe com o imaginário das pessoas e acende discussões na imprensa e nas redes sociais. Toda sorte de supostas fraudes e teorias conspiratórias surge nessa época. De acordo com o chefe do Cartório Eleitoral de Manhuaçu, Savelle Xavier de Barros, a Justiça Eleitoral trabalha para garantir que a votação ocorra de forma segura, transparente e eficiente, e o sucesso e a qualidade desse trabalho podem ser conferidos pela população ao final de cada eleição. “Podemos afirmar que as urnas são 100% seguras. Elas não estão ligadas na Internet, então não há que se falar em hackers ou questões ligadas ao boicote digital. No dia das eleições também não existe ligação com a Internet. Além disso, há diversos mecanismos de auditoria e verificação dos resultados que podem ser efetuados por candidatos e coligações, pelo Ministério Público (MP), pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo próprio eleitor”, afirma.
Segundo Savelle Xavier, toda a tecnologia é utilizada pelo hardware e pelo software da urna eletrônica para criar uma cadeia de confiança, garantindo que somente o software desenvolvido pelo TSE, gerado durante a Cerimônia de Lacração dos Sistemas Eleitorais, pode ser executado nas urnas eletrônicas devidamente certificadas pela Justiça Eleitoral. “Qualquer tentativa de executar software não autorizado na urna eletrônica resulta no bloqueio do seu funcionamento. De igual modo, tentativas de executar o software oficial em um hardware não certificado resultam no cancelamento da execução do aplicativo. Todos os dados que alimentam a urna eletrônica, assim como todos os resultados produzidos, são protegidos por assinatura digital. Não é possível modificar os dados de candidatos e eleitores presentes na urna, por exemplo. Da mesma forma, não é possível modificar o resultado da votação contido no boletim de urna ou o registro das operações feitas pelo software (Log) ou mesmo o arquivo de Registro Digital do Voto (RDV), entre outros arquivos produzidos pela urna, uma vez que todos estão protegidos pela assinatura digital.
Muito se fala da possibilidade de hackers invadirem as urnas no dia da votação, mas a urna eletrônica não é vulnerável a ataques externos. Esse equipamento funciona de forma isolada, ou seja, não dispõe de qualquer mecanismo que possibilite sua conexão a redes de computadores, como a Internet. Também não é equipado com o hardware necessário para se conectar a uma rede ou mesmo qualquer forma de conexão com ou sem fio. Vale destacar que o sistema operacional Linux contido na urna é preparado pela Justiça Eleitoral de forma a não incluir nenhum mecanismo de software que permita a conexão com redes ou o acesso remoto.
A partir da chegada das urnas é iniciado um processo de carga do equipamento que se estende até o mês de setembro. Três dias antes do começo do pleito eleitoral – 07/10, as urnas são liberadas para os municípios. Elas retornam a Manhuaçu caso as eleições terminem no primeiro turno. Caso ocorra segundo turno, os equipamentos realizam o mesmo trâmite, só voltando em definitivo no mês de dezembro para Belo Horizonte.
Danilo Alves