Reflexão: o futebol, nossa paixão…
REFELEXÃO
Pe. Mundinho, sdn
O futebol, nossa paixão…
A Copa do Mundo encanta! Não tem como fugir da beleza do esporte, que é nossa paixão. As várias seleções, as torcidas, o povo, a Rússia com seus costumes e maneira de ser, os comentaristas, a TV, o noticiário de cada dia e de cada momento constituem a riqueza de uma campeonato mundial de futebol. A Copa do Mundo domina os sites de notícias, jornais, redes sociais e mensagens com seu arsenal de memes, zoeiras, reclamações e posicionamentos políticos.
Atitudes e posicionamentos diversos de um e de outro. Vou torcer para a Argentina na Copa! O hexa já é uma realidade! Quem assiste a futebol é um alienado! Vai, Brasil! A Copa é uma mentira, é tudo comprado! Que se dane o futebol, olha a situação do país! O esporte pode mudar uma nação!
A Copa do Mundo é o espetáculo que nos prende e nos faz vibrar… O visual – os mais variados possíveis sobre o evento que congrega povos e raças em torno da bola, do espetáculo, das jogadas, dos uniformes, das tatuagens, dos penteados (… do Neymar, sic).
Até o momento (19/06) o que tem tomado a cena é o “Árbitro de Vídeo”. Este sim, tem chamado a atenção, mudado o placar, contestado porque foi acionado ou porque não foi.
Alguns resultados no início da Copa mexeram com a galera. Quem imaginaria a derrota da Alemanha para o México em seu primeiro embate?, Messi perdeu o pênalti e a Argentina só empata contra a estreante Islândia, os gols do Cristiano Ronaldo (CR7), o empate do Brasil no primeiro jogo: pontualidade ou chocolate suíço?, a confirmação do favoritismo belga, etc.
Não sei se o que mais desagrada é o novo penteado do Neymar, ou suas quedas, ou o fracasso do primeiro jogo da Seleção, ou o trauma dos 7 x 1 daquele fatídico dia de Mineirão que ainda paira na consciência do torcedor apaixonado.
A pesquisa realizada pelo Datafolha, entre os dias 7 e 8 de junho, na esteira das manifestações de caminhoneiros em todo o país, registrou o domínio do mau humor entre os brasileiros. No universo paralelo do Brasil de 2018, 53% dos brasileiros não tem interesse nenhum no Mundial da bola. Mas a mesma pesquisa, que ouviu quase 3 mil pessoas, coloca o Brasil como favorito para levantar a taça pela sexta vez: 48% dos entrevistados acreditam no hexa.
Ainda, no universo da moralidade de cada um existem os motivos para desacreditar do país. Não é segredo para ninguém que aqueles que comandam as instituições futebolísticas são claros corruptos. Que os jogadores são um bando de mercenários que pouco estão ligando para o país. É totalmente aceitável concordar que o Brasil tem coisas mais importantes e urgentes para se preocupar.
“Mas, ganhar no grito, é insensato.
Há aqueles que, a cada quatro anos, vibram com o esporte mais popular do planeta. Estes conseguem, de alguma maneira, separar o joio do trigo. É possível. O esporte é maior que aquilo que o ronda, como abutres. Não é uma torcida pela confederação, pelo patrocinador, pelo interesse próprio do craque. É uma torcida pela representatividade, pelo país como nação”.
Em meio a tudo isso vemos desfraldar as bandeiras, as bandeirinhas nas ruas enfeitadas e pintadas com as cores do nacionalismo brasileiro. Sem falar das camisas “amarelinhas” que surgem no corpo de homens e mulheres, crianças e velhos, adolescentes e jovens, colorindo as ruas e avenidas de uma população que não consegue esconder sua paixão pelo futebol.
Futebol e política são parentes próximos. Em meio ao tiroteio verbal, contrários e favoráveis ao Mundial e ao escrete brasileiro terão que conviver com um fato:
Não deixemos de celebrar o esporte – e, no Brasil, o maior deles – que transforma a vida. O brasileiro é apaixonado por futebol e a Copa do Mundo é nossa! Até 15 de julho ela estará presente em nossas telas de maneira praticamente onipresente. Ou até quando o jogo acabar onde a bola, a rainha amada e perseguida, estiver rolando nos gramados nem sempre favoráveis e, com a tormenta dos “Árbitros de Vídeos”.