Feira comercializa produtos sem agrotóxicos em Manhuaçu
Modalidade de mercado varejista, com periodicidade semanal, que geralmente ocorre em espaços abertos, destinados à venda de produtos agropecuários, as feiras livres têm merecido especial em Manhuaçu. A Feira de Produtos Orgânicos de Manhuaçu funciona todas as sextas-feiras, na Praça Doutor César Leite, das 16h às 20 horas, e conta com a participação de aproximadamente 50 famílias, que ficam encarregadas do abastecimento e comercialização. Em parceria com Secretaria Municipal de Agricultura, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) vem desenvolvendo ações com o objetivo de fortalecer e qualificar a inserção dos agricultores familiares neste canal de comercialização.
Um exemplo é a distribuição do “kit feira”, que são as barracas, comumente vistas nas feiras, jaleco, caixas para acomodar os alimentos, e também as balanças, considerados equipamentos fundamentais para um bom gerenciamento e controle organizacional das feiras, conforme explica o extensionista da Emater de Manhuaçu, Thiago Braga. “Nós acompanhamos os feirantes desde o plantio até a embalagens dos produtos, com o objetivo de fornecer o suporte técnico necessário a comercialização dos alimentos”, afirma. Ele acrescenta que as cidades de Manhuaçu, Simonésia, Santana do Manhuaçu, São João do Manhuaçu, Lajinha, Durandé, Martins Soares e Manhumirim receberam os kits e as feiras foram implementadas na maioria desses municípios.
Segundo a extensionista da Emater de Manhuaçu, Katia Louzada, a agricultura familiar tem uma produção diversificada e a feira livre é uma iniciativa que valoriza a identidade regional, gera trabalho, ocupação e renda e receitas que dinamizam a economia dos agricultores. “A Feira Livre da Agricultura Familiar fortalece a agropecuária, gera emprego e renda. O consumidor também é beneficiado uma vez que os produtos são de qualidade e sem agrotóxicos”, explica.
Para Katia Louzada, a consequência da Feira Livre pode ser a geração de renda aos participantes, recursos para manutenção das hortas comunitárias, promovendo outros benefícios tais como organização comunitária, estreitamento das relações com os moradores da cidade, melhor autoestima e também despertamento do empreendedorismo Ele acrescenta que as iniciativas de produção em hortas comunitárias e domésticas estão crescendo em todo o mundo. Esse aumento, que responde em parte a uma demanda por alimentos saudáveis e seguros, também passa, na maioria dos casos, por uma demanda por alimentos “economicamente acessíveis”. E todos querem um alimento mais rico, mais saboroso, com mais benefícios à saúde.
Danilo Alves