Educação: escolas de Manhuaçu retomam as atividades na próxima segunda-feira
Em assembleia estadual realizada na tarde desta quarta-feira, 18/04, profissionais do setor educacional em decidiram suspensão temporária da greve por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE-MG), as aulas serão retomadas na próxima segunda-feira, 23/04.
A coordenadora do Sind-UTE, subsede de Manhuaçu, Fani Hott reitera que o resultado não foi totalmente satisfatório, pois nem todas as reivindicações da categoria foram atendidas pelo Governo do Estado. Ela informa que a greve iniciou por um piso salarial atrasado que o Governo já devia a categoria, mas a decisão de encerrar a paralisação – que já durava 38 dias, foi tomada a partir das avaliações das regiões sobre o quadro atual do movimento. Fani Hott explica que a categoria ouviu o relato do Comando Estadual de Greve, ouviu diferentes posições sobre a continuidade e a suspensão da greve e votou pelo “Estado de Greve”, com a suspensão temporária da greve, por tempo indeterminado, mas com categoria exigindo os seus direitos.
Segundo Fani Hott, os deputados apresentaram uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 49), regulamentando o piso salarial na Constituição Estadual, tendo em vista que ele existe na Constituição Federal, mas não na esfera Estadual. “É um grande avanço pois evitará a greve por motivos de reajuste. Foi uma conquista para categoria, embora nem todas foram atendidas. Vamos manter o estado de greve e assim que iniciar a votação da PEC o Sindicato convocará as assembleias para tentar acelerar a votação da Proposta de Emenda Constitucional. Dos 77 Deputados, 75 votaram a favor da PEC e se comprometeram a votá-la o mais rápido possível, antes que período eleitoral comece e eles fiquem impedidos de votar”, explica.
Calendário escolar
Segundo a coordenadora do Sind-UTE, subsede de Manhuaçu, Fani Hott, enquanto não ocorrer as assinaturas para o trâmite e aprovação da PEC em várias comissões, as escolas não irão repor as aulas, eles devem estar em concordância com a autorização do Sindicato – que ficará a cargo de negociar com o Governo de Minas Gerais a reposição das aulas perdidas. Fani Hott esclarece que se os educandários prosseguirem com as reposições podem atrapalhar as negociações entre representantes da categoria e Governo Estadual. “Solicitamos as escolas para esperar a reposição das aulas perdidas. E os pais não precisam se preocupar, pois seus filhos não serão prejudicados, pois a greve se deu para reivindicarmos melhorias para a categoria e, consequentemente, benefícios para os estudantes e educandários”.
Danilo Alves
