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Síndrome de Burnout: quando o trabalho ou o estudo adoecem

Psicóloga Denise Oliveira
Psicóloga Denise Oliveira

A síndrome de Burnout é mais comum do que possamos imaginar. No Brasil, uma pesquisa feita pela sede brasileira da International  Stress Magagement Association (ISMA), em 2016, com mil profissionais, mostrou que 72% dos entrevistados sofriam com estresse, sendo que 30% deles apresentavam síndrome de burnout. “Por isso é muito importante estarmos atentos aos sintomas. Ela não se trata de um simples estresse que pode ser resolvida com folga, por exemplo. Precisa de tratamento e acompanhamento psicológico”, orienta a Psicóloga Denise Oliveira.

Burnout

Sintomas

Os sintomas de Burnout são semelhantes a outros sintomas associados ao estresse de modo geral, por isso pode ser difícil de identificar. O que difere do simples estresse é o grau de intensidade, geralmente apresentando fortes mudanças no comportamento.  “Os principais sintomas são: Alterações no humor (normalmente a pessoa se encontra pessimista e geralmente de mau humor, levando até mesmo a desavenças e conflitos desnecessários com colegas de trabalho); Estafa mental ( memória e sono prejudicados, ocasionando erros bobos); Desinteresse e indiferença pelo serviço; Baixa auto estima; Estado permanente de nervosismo  e dificuldades para se concentrar e focar; Falta de energia para desempenhar as atividades do dia a dia; Dores musculares causadas pelo estado de tensão que a pessoa esta submetida; Alterações psicossomáticas (problemas gastrointestinais, cardiovasculares, dores de cabeça, enjôos, insônia, obesidade, doenças de pele etc.)” enumera.

 

Causas

Denise ressalta que vivemos em uma sociedade complexa, altamente competitiva, levando muitas pessoas a exagerar nas atividades profissionais. “Se a isso se aliam determinadas características pessoais favorecedoras estão dadas as condições para se estabelecer o burnout.  O trabalho ocupa um papel central na vida das pessoas e é o fator relevante na formação da identidade e inserção social”, ressalta a Psicóloga.

Os profissionais que estão mais propensos a sofrer desta síndrome são aqueles que tem tarefas relacionadas diretamente a terceiros: médicos, psicólogos, advogados, policiais, professores, atenção ao cliente, estudantes de cursos mais complexos etc.

Prevenção

As estratégias de prevenção e tratamento do burnout podem ser agrupadas em três categorias: individuais, grupais e organizacionais:

Portanto, é preciso que a prevenção e o tratamento do Burnout sejam abordados como problemas coletivos e organizacionais e não como um problema individual. A organização pode também adotar algumas medidas para a prevenção do burnout, tais como: evitar o excesso de horas extras, proporcionar condições de trabalho atrativas e gratificantes, modificar os métodos de prestação de cuidados, reconhecer a necessidade de educação permanente e investir no aperfeiçoamento profissional (por exemplo, formação em assertividade), dar suporte social às equipes e fomentar a sua participação nas decisões, etc.

“O tratamento da síndrome de burnout normalmente envolve antidepressivos e psicoterapia. A psicoterapia é extremamente importante apresentando muitos benefícios e proporciona ferramentas eficazes para compreender a natureza desses males. Aliada a uma série de recomendações sobre mudanças na rotina para melhorar a qualidade vida e diminuir a ansiedade, atividade física, alimentação saudável, estabelecer horários e não ficar conectado no serviço o tempo todo, entre outras”, finaliza Denise Oliveira.

Jailton Pereira

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