Páscoa, festa da Ressurreição de Cristo
A Semana mais importante para a Igreja Católica começou no último domingo, 25/03, no Domingo de Ramos. A data faz memória à entrada de Jesus em Jerusalém, cidade onde a bíblia relata sua morte de cruz e ressurreição. A Semana Santa se estendeu até o Sábado Santo, 31/03, quando se celebrou a Vigília Pascal. Dos sete dias da Semana Santa, os que mais se destacam, por conta do significado da celebração, são o Domingo de Ramos, a Quinta-feira Santa, a Sexta-feira Santa, o Sábado Santo (Tríduo Pascal) e o Domingo da Ressurreição.
O pároco da paróquia São Lourenço, Pe. Carlos Altoé, SDN, destaca que o sentido primeiro da Pascoa é a passagem do pecado para a graça, da morte para a vida, um caminho de um tempo de escravidão para um tempo de libertação. “Prova que nós tivemos cinco semanas – em torno de 40 dias, nos preparando para este momento importante e significativo. Após o Domingo da Ressurreição, teremos mais um período de cinquenta dias para celebrarmos e experimentarmos a presença do ressuscitado em nosso meio. É um momento central da vida cristã, pois celebramos a ressurreição – ponto fundamental para a vida dos cristãos e de toda a caminhada de fé”.
A Semana Santa é também chamada de Semana Maior. “Isto porque – diz o Padre Altoé – nela nós celebramos o maior mistério da nossa fé, que é a entrega, a vida, a cruz, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Ela é a maior por causa da grandeza do mistério que celebramos, mas também porque ela se estende por mais cinquenta dias, que chamamos de Tempo da Páscoa”. Dos sete dias da Semana Santa, padre Carlos Altoé explica que os que mais se destacam, por conta do significado da celebração, são o Domingo de Ramos, a Quinta-feira Santa, a Sexta-feira Santa, o Sábado Santo (Tríduo Pascal) e o Domingo da Ressurreição. Nos demais dias da Semana Santa acontecem outras atividades devocionais, de acordo com a tradição de cada país e diocese, como, por exemplo, a procissão do encontro, muito comum também no Brasil.
Vigília Pascal
Na noite, em que Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos a reunirem-se em vigília e oração. A Vigília Pascal é considerada a mãe de todas a vigílias e o coração do Ano litúrgico. A sensibilidade popular pode pensar que a grande noite fosse a de Natal, mas a teologia e a liturgia da Igreja advertem que é a noite da Páscoa, “na qual a Igreja espera em vigília a Ressurreição de Cristo e a celebra nos sacramentos”. Entretanto, o pároco da paróquia São Lourenço enfatiza que a população pode conhecer pouco do que é celebrado, e de seu verdadeiro valor, por isso não dê a devida importância que a Vigília Pascal merece como centro de fé. “Muitos católicos vão à procissão do Senhor morto, mas não aparecem na Vigília Pascal e o conhecimento comprova essa afirmação. Na sexta-feira, a experiência em nosso município é refletida em praças lotadas, ruas cheias, enquanto que no sábado à noite a Igreja fica cheia, mas não se compara com a multidão que tivemos a nossa frente na noite anterior. Nossa vida tem um gosto de sangue, pois paramos na sexta-feira, no sofrimento, e isso, inconscientemente ou conscientemente, se repercute de uma forma intensa para nós. As vezes carregamos o peso do desânimo, a depressão, os problemas emocionais, e eles são atribuídos a essa questão. Porém, quando conseguimos celebrar a Páscoa, a ressurreição, criamos perspectivas novas para a nossa vida. Não deixaremos de ter dificuldade e problemas, mas não podemos perder o essencial para viver a vida sob uma perspectiva de esperança e com um olhar para o futuro mais cristão, humano e comunitário”, destaca.
Semana Santa
Para o Padre Carlos Altoé, o foco da Semana Santa está em Jesus Cristo vivo e ressuscitado. Ele acrescenta que o período deve ser lembrado como o centro da fé e da religião, tendo como exemplo a vida de Jesus, que veio a terra – enviado pelo Pai, para cumprir sua missão mesmo com os percalços que o acompanhou durante sua estadia neste mundo, e mesmo com as dificuldades enfrentadas Cristo foi capaz de trazer a semente de esperança e renovação, através de sua morte e, sobretudo de sua ressurreição. “Então nós lembramos na Semana Santa os acontecimentos principais da nossa fé que são: exatamente a instituição da Eucaristia, onde os evangélicos costumam chamar de Santa Ceia. Lembramos a morte de Jesus na Sexta-feira Santa, lembramos a ressurreição dele no Domingo da Páscoa, então para nós tem um sentido fundamental para a nossa fé porque representa claramente essa guinada que Deus operou na caminhada da humanidade através da Páscoa, da morte e ressurreição de Jesus.
Reflexão
O pároco da paróquia São Lourenço enfatiza que a cada ano a Páscoa deposita em nossos corações uma semente de renovação, de esperança, e a última palavra pertence sempre à ressurreição, a Páscoa, a Jesus ressuscitado. “Peço aos cristãos que unam forças, para que a ressurreição, a Páscoa de Jesus aconteça não apenas dentro dos templos, mas em toda à parte, por exemplo, indo ao encontro das pessoas que precisam de uma mão amiga. É o que o sentido da Páscoa representa: solidariedade, fraternidade e vida nova.
Danilo Alves
Danilo Alves – Tribuna do Leste