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Reflexão: carnaval, festa do povo!

REFLEXÃO

Pe. Mundinho, Sdn

A realização do carnaval no Brasil é uma festa de cunho popular que abrange as várias camadas sociais. É aberta ao povo e é feita de muita animação. Os salões e as vias sobretudo, ficam cheias com a movimentação e alegria dos foliões, embaladas por animado repertório em variados ritmos que reúne milhares, nas ruas e avenidas, becos e praças. Enfim é uma festa do povo, mesmo que alguns prefiram outras diversões. Muitos gostam da folia e vão de embalo no ritmo da festa.

Por se tornar uma festa grandiosa ela compreende o investimento de altas somas que são aplicadas na infraestrutura, nos equipamentos de som, nos artistas e músicos, nas bandas e no comércio. O poder público, através das prefeituras e órgãos do Turismo Oficial muitas vezes realizam os investimentos.

Este ano o carnaval será diferente neste âmbito do econômico-financeiro. O poder público não tem caixa para investir no carnaval, devido a grave crise econômico-financeira que o país está atravessando.

Segundo o site G1 (do Sistema Globo), mais de uma centena de municípios não terão a festa em 2018. A maioria é por falta de recursos. Já no ano passado também se dava o a consequência da crise em várias cidades que cancelaram as festividades por motivo de escassez (falta) de verbas. Mesmo assim o investimento nacional deverá receber R$ 11,4 bilhões na economia, segundo o Ministério do Turismo.

Um mentalidade nova aparece: alguns municípios, optaram por não destinar recurso público na festa em vista do enfrentamento dos problemas de segurança, saúde, clima e, em uma delas, os moradores optaram, em consulta popular, por usar o dinheiro em outras áreas.

Outras razões: em Chapadão do Sul (MS), uma consulta feita no site da prefeitura indicou que 75% da população preferia que o dinheiro do carnaval fosse investido em outras áreas. Em São Miguel do Tocantins (TO), a prefeitura preferiu guardar o recurso para usar na celebração do aniversário da cidade, em 20 de fevereiro.

Em crise financeira e com salários de servidores atrasados, o governo do Rio Grande do Norte afirma que não vai custear nenhuma festa, como aconteceu em 2017. A capital Natal continua os festejos, porém Mossoró não terá carnaval em 2018, e Macau terá festa sem recurso público.

Em alguns dos grandes centros do país onde o carnaval é uma locomotiva no arrecadamento e investimento do município outras alternativas foram realizadas para que a festa possa acontecer. Os festejos serão promovidos pela iniciativa privada, como por exemplo, a cidade do Rio de Janeiro. Reduzido o investimento da Prefeitura, destinado prioritariamente para pastas como Saúde e Educação, a Riotur (órgão responsável pelo tursimo) desenvolveu o  Projeto Carnaval Rio 2018, captando recursos na iniciativa aprivada. Assim foi noticiado o recorde orçamentário, garantindo investimento privado no total de R$ 35 milhões, oferecidos pela Uber e Dream Factory. Marcelo Alves, presidente da Riotur, afirmou que: “Este resultado é motivo de muito orgulho para nós, especialmente porque é fruto de um trabalho árduo e conjunto entre as esferas do poder público e a iniciativa privada… diminuindo o investimento público e atraindo a atenção de patrocinadores para o potencial mercadológico da festa”.

Na Região Metropolitana de São Paulo, o município de Mairiporã só terá festas promovidas pela iniciativa privada, já que a prefeitura concentra seus esforços para combater o surto de febre amarela no município.

Apesar da crise econômica, apesar da falta de recursos, o povo não carece de abandonar suas realidades e sonhos da fantasia e da festa. Faz parte da vida humana a festa. Dentro do possível e das probabilidades é possível viver bem!

 

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