LIRAa revela alto risco para epidemia em Manhuaçu
Levantamento revelou que há alto risco para epidemia no município com IIP (Índice de Infestação Predial) de 5,9%.
A coordenação da Vigilância Ambiental apresentou o último Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) realizado em Manhuaçu e distritos nos últimos dias. A reunião contou com a participação da Secretária Municipal de Saúde, Karina Gama, Conselho Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação, Corpo de Bombeiros, FACIG, Faculdade do Futuro e Hospital César Leite. O levantamento revelou que há alto risco para epidemia no município com IIP (Índice de Infestação Predial) de 5,9%. O índice é considerado preocupante pelo Setor. A secretária de Saúde detalha, que todas as ações serão realizadas para que a população não sofra com o Aedes. “Para isso, o trabalho conjunto será fundamental e necessário para alcançar o objetivo”, afirma a secretária.
Também foi apresentado o Índice de Levantamento de Índice de Infestação Predial (IIP) do município para Aedes albopictus registrado em 1,7% e, o Índice de Breateau (IB) do município para Aedes albopictus de 1,8%. Os dados apontam uma estimativa de recipientes encontrados com larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor e doenças como a dengue, a chikungunya, o zika vírus e a febre amarela urbana.
O levantamento recente indica que a região central da cidade apresentou um número alarmante, sendo que, os agentes depararam com depósitos de água com nível elevado. Os bairros que compreendem essa área são todos bem localizados. As equipes de controle fizeram um “pente fino”, para que cada residência fique catalogada e o morador ciente do problema. Os objetos mais comuns encontrados foram: pneus, garrafa pet e lixo acumulado, considerado local propício de criadouro de Aedes aegypti.
A coordenadora do setor de Vigilância Ambiental do município, Emilce Estanislau ressalta que a preocupação é maior no distrito de Vila Nova, onde existe concentração maior de lixo. No Córrego Boa Vista (Pampulha), o Índice de Infestação Predial teve aumento considerável do foco.
Emilce explicou também que em parte, esse aumento no índice acontece por causa da variação do tempo, já que em janeiro são registradas altas temperaturas e constantes chuvas propícias para a proliferação do mosquito transmissor. “Esse reflexo é a falta de cuidado das pessoas, que precisam ficar antenadas. Água parada, caixas sem proteção são coisas que a população tem conhecimento, mas, infelizmente não colocam em prática”, detalha a coordenadora da Vigilância Ambiental.
Com a reativação do Comitê de Combate ao Aedes, a participação das entidades será por demais importante, para executar as ações e a conscientização das pessoas para a eliminação do foco do mosquito. Os representantes das entidades participantes abraçaram a iniciativa, para as ações junto à comunidade. Os agentes de saúde também estão sendo capacitados, para desencadearem o trabalho nos bairros.
Emilce Estanislau ressalta que, cada morador precisa estar empoderado e responsável a executar suas ações, principalmente no período chuvoso e propício para a eclosão dos óvulos do mosquito. “Só assim teremos dias tranquilos, diminuição dos focos e a certeza da eliminação do Aedes”, conclui Emilce Estanislau.
Eduardo Satil – Tribuna do Leste