Pe. José Raimundo (Mundinho)Radio AM710Radio FM

Janeiro… as férias…os gastos…

REFLEXÃO

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Pe. Mundinho, sdn

Se por um lado, janeiro permite a alegria e a satisfação de gozar as férias, de ficar mais presente na família, de acompanhar a meninada longe das lides escolares, por outro é o mês que incide grande volume de gastos que acaba tirando a paz e o sossego.

É no primeiro mês do ano que se pagam as matrículas escolares. A anuidade ou semestralidade é o valor total que a instituição de ensino pode cobrar do contratante (pai, responsável ou aluno) no ato da matrícula ou da sua renovação.

Para além da matrícula escolar seguem as listas de materiais escolares e uniformes. É uma parcela significativa que se tira do orçamento familiar. Se se não tiver sido feito uma reserva, o cidadão passará por maus momentos na administração dos gastos próprios desta época do ano.

É no mês de janeiro que se quitam alguns impostos. O IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), imposto brasileiro cobrado das pessoas que possuem uma propriedade imobiliária urbana, como um apartamento, sala comercial, casa ou outro tipo de imóvel dentro de uma região urbanizada. O objetivo principal do IPTU é basicamente fiscal, ou seja, obter recursos financeiros para o Governo, mas também pode ser um meio para controlar os preços das propriedades. O IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), é um imposto estadual com o objetivo de arrecadar dinheiro sobre os automóveis das pessoas, independe de qual tipo de veículo for. O IPVA é um imposto que somente os Estados e o Distrito Federal têm competência para instituí-lo, não poder ser uma obrigação do Governo, a arrecadação é feita por cada estado, sendo que 50% do total arrecadado é destinado ao próprio estado, e a outra parte pertence ao local onde o veículo foi registrado. A alíquota do IPVA varia em cada Estado, e é determinado por base em cada governo, e seus próprios critérios.

Os brasileiros estão entre os que pagam mais tributos no mundo e os que menos têm a contrapartida de serviços públicos de qualidade. Em entrevista ao jornal Estado de Minas, o presidente do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike, adiantou que os dados atualizados em relação a carga tributária brasileira demonstram que, apesar de pagar uma das maiores cargas tributárias do mundo, o brasileiro continua recebendo péssimos serviços públicos em retorno. Olenike criticou o discurso adotado pelo Palácio do Planalto de que será necessário aumentar os impostos para equilibrar as contas públicas no país. “O governo deveria se preocupar com o corte de alguns gastos que continuam excessivos no Brasil. Não é mais possível aumentar impostos para financiar más administrações do dinheiro público”, alerta Olenike.

Assistimos no noticiário o constante aumento dos combustíveis. Quando se aumenta o combustível ocorre um efeito cascata sobre os demais produtos. O preço de tudo sobe porque dependemos do transporte das mercadorias. Se o carreto é mais caro, consequentemente o produto se apresenta alterado no final com altas em seu custo.

Se o cidadão tem que realizar uma complexa ginástica para dar conta de sua vida econômica, também o governo do país luta para manter o equilíbrio de suas contas. O Estado tem despesas, e altas. Para custear seus débitos ele lança mão dos impostos e taxas que constituem sua fonte de receitas. Porém não pode impor sobre a população já tão castigada pela alta tributação, aumentos (abusivos) sobre os impostos. O Governo deve proceder com estratégias para diminuir o custo do país. Cortar gastos, eliminar (enxugar) a máquina e incentivar o crescimento do país.

 

Orçamento governamental

A equipe governamental responsável pelo orçamento do país se debruça, acuradamente, em buscar solução para confeccionar um orçamento que dê segurança e estabilidade ao país. Estamos assistindo o governo desejoso de mudar leis (até mesmo a Constituição) para forçar o planejamento econômico-financeiro do Brasil. Segundo a comentarista econômica da Globo, Miriam Leitão, o governo está forçando as contas para adequar o Orçamento. Para o governo, 2019 é o ano que já começou. O governo quer a suspensão da regra de ouro junto com um conjunto de medidas: a possibilidade de usar recursos de superávits passados que estão na conta única, mudar o artigo constitucional que dá aos servidores direito a aumento salarial todo ano, reduzir carga horária e salário de servidor.

 

Contribuinte e governo devem permanecer antenados, atentos à realidade para não cair no endividamento e sofrer as consequências futuras que vão dificultar a vida do dia-a-dia. Atentos ao que se pode realizar, evitar transtornos, preparar reservas e planejar o futuro com sabedoria e cautela. Assim o janeiro deixará sempre boas lembranças!

 

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