Com o Dia das Crianças se aproximando, 12 de outubro, a expectativa de vendas nas lojas de Manhuaçu aumenta. O comércio, inclusive, já começa a receber pessoas que procuram pelo presente ideal, mesmo que ainda esteja sendo feita pesquisa de preços. Segundo os lojistas, entretanto, o movimento maior deve acontecer nos próximos dias. Por vezes, a data polariza o volume de vendas com o Dia dos Pais. Mas, por ter sua comemoração no mês de outubro, o consumidor, ainda que reticente, se predispõe mais a consumir já embalado pelas festas de fim de ano
De acordo o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agronegócios de Manhuaçu (ACIAM), Silvério Afonso, a data é a uma das mais importante para o comércio, perdendo apenas para o Natal, Dia das Mães, Dia dos Namorados e Black Friday. O apelo que as crianças têm no núcleo familiar, diz Silvério Afonso, é muito grande, o que influencia nas compras. Os segmentos que devem registrar os maiores movimentos são os de brinquedos, roupas e calçados infantis, eletroeletrônicos e doces. “A situação está difícil, mas quando se trata de agradar as crianças, os pais, tios e avós sempre dão um jeitinho, por isso, a expectativa realista, mas positiva, dos comerciantes com a data. E quando o movimento melhora, mesmo os setores que não são envolvidos diretamente também se beneficiam”, avalia.
Para bons resultados nas vendas, o presidente da instituição orienta os empresários a investirem em promoções e atrativos como decoração de vitrines e brindes. Silvério Afonso explica que para chamar atenção dos clientes as lojas devem apostar em enfeites, balões, e até carrinhos de pipoca nas portas dos estabelecimentos. O presidente da ACIAM também destaca a variedade do comércio da cidade “Manhuaçu possui empresas muito diversificadas. O consumidor tem à disposição uma grande variedade de produtos e preços – desde o presentão às lembrancinhas”.
Mesmo que os últimos índices apresentem dados favoráveis para o comércio, a intenção tímida de consumo por parte da população pode ser explicada pelo fato dos consumidores ainda estarem influenciados pelas denúncias no meio político que ainda geram desconfiança em relação à economia do país. O comércio, no entanto, espera que haja mudança no comportamento do consumidor e dessa forma se possa manter os resultados positivos nas vendas também no Dia das Crianças. “As pessoas estão temerosas, mas espera-se uma migração dos consumidores indecisos para o grupo de consumidores aptos a comprar. Até a chegada da data, acreditamos que todo o apelo emocional influencie na decisão e o comércio possa comemorar bons resultados”, salienta o presidente da Associação Comercial, Industrial e Agronegócios de Manhuaçu, Silvério Afonso.
Ouça a entrevista completa abaixo
Vendedores ambulantes
De acordo com Silvério Afonso, a atuação de vendedores ambulantes em Manhuaçu – mais especificamente no centro da cidade, tem sido uma concorrência desleal e injusta para os comerciantes que atuam de maneira regular e pagam todos os impostos.
Ele acrescenta que nas bancas dos informais há relógios, itens eletrônicos e acessórios para celulares, além de produtos pirateados com valores muito abaixo do mercado legal. “Quando a pessoa deixa de comprar de um vendedor clandestino, e passa a comprar em um comércio regulamentado, ele está gerando emprego para a cidade, divisas para o município e está obtendo um produto de um lugar que ele sabe a origem. Caso haja algum problema ele pode voltar a loja e reclamar, diferentemente com os vendedores ambulantes. O consumidor tem que ter este cuidado para não comprar em lugares ilegais. Nós já estamos com tanto problema no país e precisamos fazer a nossa parte”.
Diante dos conflitos, a ACIAM protocolou um ofício para a Prefeitura cobrando uma solução. A entidade também tem recebido queixas dos comerciantes sobre os transtornos enfrentados por conta dos camelôs. “Temos ciência da situação e já oficiamos a Prefeitura há cerca de dois meses, aproximadamente. O centro da cidade está cheio de vendedores irregulares e os comerciantes têm nos procurado”, finaliza Silvério Afonso.
Danilo Alves