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Reflexão: Mês da criança: a “presença” é imprescindível!

Pe. Mundinho, sdn 

Gostaria de escrever sobre o mês da criança (sobre o Dia da Criança) para tecer elogios a todos quantos estão em contato com elas, desde a mãe e o pai até os educadores, artistas, cuidadores, amigos, etc. Gostaria de falar de sua beleza, de seus trejeitos, de sua espontaneidade, de sua inocência, de sua alegria, de seu eterno carinho, de sua doce presença enchendo os lares e ambientes de vida e de satisfação, eliminando o vazio dos corações, dando oportunidade à manifestação de carinhos dos mais velhos.

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Quantos ambientes são modificados quando aparece a doce presença de uma criança. O coração extravasa, o afeto expande, deixa lugar para a emoção que se torna a linguagem comunicativa, livre do código de tradução linguística de conceitos e teorias para dar espaço ao gesto de amor, de carinho, de sorriso, de graça sem par.

Outro dia recebi uma peça publicitária de uma empresa alimentícia que gravou em uma sala de espera o momento de convívio de pais e mães com seus filhos e filhas menores. A proposta era testar um novo brinquedo. Enquanto esperavam havia no ambiente diversos brinquedos de que se ocuparam filhos e pais. Depois de algum tempo reuniram todos para o teste. A instrutora relatou que na verdade, o teste já fora realizado enquanto esperavam. O teste apresentado foi a convivência de pais e filhos brincando juntos, se abraçando, trocando carinhos. Foi emocionante perceberem que a presença era a coisa mais importante da vida. A publicidade concluiu que: “O melhor presente do mundo é estar junto”!

Estar junto, permanecer junto para proteger, para educar, para ensinar o caminho do bem, da felicidade. Estar junto não só por obrigação, mas por amor e dedicação, pelo prazer de assumir a maternidade, a paternidade. Quando falta esta presença qualitativa, a solidão e o vazio são preenchidos por outras coisas e, muitas das vezes, coisas ruins: ofertas maldosas e criminosas, violência, “armações”, gestos desumanos até mesmo a morte dos pequenos e indefesos.

Uma covardia quando são as crianças obrigadas a assistirem cenas de violência, de desrespeito, ainda que em nome da arte ou do artístico, ou da liberdade. Não existe liberdade quando se rouba a inocência de alguém ainda mais penoso e criminoso quando se tira a liberdade do menor. O que assistimos nos últimos tempos em nossa sociedade nos repugna! O quê dizer das autoridades e da diretoria de uma instituição pública que permitiu a exposição de peça teatral onde um adulto desnudo contracena com a criança? Qual consciência destes artistas? O quê dizer da exposição de imagens que induzem à pedofilia oferecida por uma instituição bancária em uma instituição pública? Merece confiança estas instituições? É confiável depositar ou investir seus recursos monetários em tal banco?

Estes eventos e outros de desrespeito à criança, como a pedofilia, a prostituição infantil, os sites pornográficos vão infestando e contaminando a vida moderna. Assim torna-se impossível saudar o mês da criança com satisfação, com confiança, com alegria e com prazer. O medo e a insegurança prevalecem. Atinge a todos: pais e familiares, educadores e autoridades. A violência se alastra! A internet e a mídia eletrônica são usadas para molestar nossas amadas e indefesas crianças.

Além de salutar é imprescindível marcar presença: presença de qualidade, presença de amor e de carinho. Não dá para ficar “longe” dos filhos e das crianças. O mundo vai ser melhor quando assumirmos com responsabilidade esta presença juntos a eles e elas: nossas queridas crianças.

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