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Reflexão: “Minha escolha faz a diferença no trânsito”

Pe. Mundinho, sdn

Nos tempos atuais grande parte da população vive na cidade. A aglomeração dos cidadãos e cidadãs, nas suas residências, nos seus locais de trabalho, nas ruas e avenidas, nos bairros e vilas, obrigam-os a sobreviverem em espaço curto e, necessitam de habilidade para se locomoverem de um ponto a outro. Têm que disputar o lugar de passagem. O trânsito é intenso e o caos se instala.

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Acima de tudo deve haver o respeito, o cuidado e grande atenção aos sinais, à legislação e aos indicadores disponíveis. Raras exceções (ambulâncias e viaturas policiais) obrigam os condutores a permitir o livre trânsito dos veículos.

Existe legislação tanto para condutores de veículos quanto para os pedestres para transcorrer com certa “normalidade” a movimentação do trânsito. Todos são obrigados a cumprir tais prescrições sob pena de  multa, prisão  ou apreensão (pessoa e veículo) quando não observam a lei. No entanto, com todo rigor da lei, ainda assistimos e nos deparamos com cifras assustadoras de transgressão, cujo resultado é dos piores: acidentes fatais com vítimas de todas as idades e classes sociais, muitas com sequelas irreversíveis para o resto da vida. Além das vítimas diretas, os acidentes causam danos às famílias que perdem de seus entes queridos ou, têm que arcar com a sustentação e sobrevivência dos  que permanecem vivos, mas com sequelas.

Os acidentes de carro superam homicídios ou câncer, por exemplo. Segundo registro no seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre), o país tem 31,3 vítimas fatais por 100 mil habitantes; mais que o verificado nos países do Catar, El Salvador, Belize e Venezuela. O número de vítimas no trânsito brasileiro é o maior do mundo. De acordo com o balanço feito com os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde o Brasil é um dos países que ocupa os primeiros lugares com mais acidentes de trânsito, nos quais morrem por ano milhares de pessoas (aproximadamente 40 mil pessoas).

O Dia Nacional do Trânsito, comemorado em 25 de setembro, foi instituído a partir da criação do Código de Trânsito Brasileiro, em setembro de 1997. Esta data está inserida na Semana Nacional do Trânsito, que ocorre anualmente entre 18 e 25 de setembro. O principal objetivo desta data é o desenvolvimento da conscientização social sobre os cuidados básicos que todo o motorista e pedestre deve ter no trânsito.

Para a pasta da Saúde, nos últimos anos, houve reduções nos acidentes, reflexo de medidas de fiscalizações, incentivadas com a lei seca, que completou nove anos de vigência em 2017. Aplicada rigorosamente em muitas regiões, a multa, que pesou no bolso dos brasileiros que infringiram a lei e misturaram bebida e direção, serviu para modificar o comportamento dos motoristas e conscientizar os riscos que essa imprudência pode causar.

Hoje, quem ingerir qualquer quantidade de álcool e for surpreendido pela fiscalização de trânsito pagará multa de R$ 2.934,70 e terá a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação por 12 meses. Em casos de reincidência, o valor da penalidade dobra.

Outro motivo que pode ter colaborado para esse resultado foi a desaceleração da economia. De 2014 a 2015, o aumento da frota de veículos automotivos no país ficou em 4,6%, bem abaixo do registrado de 2010 a 2015, quando a frota total de veículos triplicou.

A municipalização do trânsito, que é a integração do município ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT), também tem papel fundamental nessa redução, já que, com a responsabilidade passando a ser local, as cidades podem criar órgãos executivos de trânsito. Nos municípios que adotaram essa estratégia houve maior redução do número de óbitos por acidentes de trânsito, com queda de 12,8%. Nos demais, a queda foi menor, 8,9% (Fonte: iG Vigilante – iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/igvigilante/2017-06-20/transito-acidentes-mortes.html).

A mudança de hábitos é essencial para um comportamento respeitoso e sensível à realidade tão “perigosa” que enfrentamos, diariamente, quando temos de sair de casa, seja guiando um veículo, seja transitando a pé pelas avenidas e ruas das cidades (também pelas rodovias). Algumas atitudes podem ajudar a evitar acidentes no trânsito:

Não dirigir alcoolizado;

Não usar o celular enquanto dirige ou atravessa as ruas;

Não ultrapassar o limite de velocidade;

Usar sempre o cinto de segurança;

Atravessar a rua nas faixas de pedestres;

Conhecer e respeitas todos os sinais e leis de trânsito.

“Minha escolha faz a diferença no trânsito”

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