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Reflexão: ‘Setembro Dourado’ mês de prevenção e combate ao câncer infantil 

Pe. Mundinho, sdn

“A campanha do Setembro Dourado, representado mundialmente pelo símbolo do laço dourado, é uma iniciativa mundial que tem o objetivo de alertar toda população em prol da causa do câncer infantil”, explica a Dra. Flavia Vasconcellos, oncologista pediátrica do Américas Oncologia. Segundo ela, o diagnóstico precoce pode salvar vidas.

Agarramos, com tudo, a toda possibilidade existente de cura. Salvar vidas não se pode deixar para depois! O diagnóstico precoce é fundamental para agilizar o tratamento posterior e evitar o pior. Hoje, com a conscientização das diversas campanhas, têm-se evitado  a incidência da doença. Portanto o alerta, o cuidado e um mínimo de consciência da moléstia facilita a prevenção e a cura.

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Segundo dados do INCA / Instituto Oncoguia, os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são:

Leucemia – é o tipo mais comum e representa 34% de todos os tipos de câncer infantil. Acomete a medula óssea, pode causar dor nos ossos e articulações e fadiga.

Tumores do Sistema Nervoso Central – sendo o segundo tipo mais comum em crianças, eles representam 27% dos cânceres infantis. A maioria dos tumores do sistema nervoso central, em crianças, tem como sintomas dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão turva ou dupla, tontura e dificuldade para caminhar ou manipular objetos.

Neuroblastoma – é um tumor sólido de origem no sistema nervoso simpático, com principal localização no abdome. Representa cerca de 7% dos cânceres infantis. Ocorre em bebês e em crianças pequenas, raramente sendo diagnosticado em crianças com mais de 10 anos. Em geral seus sintomas são: aumento do volume abdominal, dor nos ossos e febre. Outros tipos – Linfomas (4% dos casos), tumor de Wilms (tumor renal), retinoblastoma (afetando a retina), tumor germinativo (acometendo as células que darão origem aos ovários ou aos testículos), osteossarcoma (tumor ósseo), entre outros.

No Brasil, o câncer representa a primeira causa de morte (7% do total) por doença entre crianças e adolescentes. Os dados do INCA estimam que ocorrerão cerca de 12.600 casos novos de câncer no Brasil por ano, entre 2016 e 2017.

De acordo com a Dra. Flavia Vasconcellos, não existe um único exame capaz de diagnosticar câncer infantil. A combinação de uma boa história clínica com exame físico detalhado e exames complementares pode identificar a doença. “Tudo começa com a suspeição do diagnóstico. Os pais devem ficar atentos a problemas que não são resolvidos e procurar o pediatra em caso de dúvida”, recomendou ela.

O tratamento – a maioria dos cânceres é tratada com quimioterapia. Geralmente, também são necessários tratamentos por radioterapia, cirurgia, ou a combinação de tratamentos.

Um boa notícia: “Nos últimos 40 anos, houve grande avanço no tratamento do câncer infantil. Modernos métodos diagnósticos e terapêuticos, mais precisos e menos invasivos, estudos de oncogenética e biologia molecular, além da assistência de qualidade em onco-hematologia pediátrica, aumentam não só a cura como a boa qualidade de vida após o tratamento”. De acordo com a Dra. Flavia, em centros de excelência, as chances de cura podem chegar a mais de 80%.

Atualmente existem equipes multiprofissional que se empenha no cuidado, não só da criança mas também dos pais, dos irmãos, dos avós, enfim, de toda família, que também é essencial no processo de cura e de recuperação.

Fontes: INCA (Instituto Nacional do Câncer) / Instituto Oncoguia 

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