Reflexão: 29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Fumo
Pe. Mundinho, sdn
A Lei Federal número 7.488 de 1986 criou o Dia Nacional de Combate ao Fumo com o objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.
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O Dia Mundial sem Tabaco, celebrado no dia 31 de maio, abordou o tema “Tabaco: uma ameaça ao desenvolvimento”. Além dos danos à saúde pública, a produção e o consumo de produtos do tabaco geram importantes impactos socioambientais pouco conhecidos pela população, como o uso de lenha para aquecer as estufas que secam as folhas de tabaco que serão utilizadas na fabricação de cigarros, o que leva ao desmatamento e ao desequilíbrio da biodiversidade em tempos de severas mudanças climáticas.
No Brasil, a campanha é coordenada pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva). Estudos feitos sobre impacto econômico do tabagismo no sistema brasileiro de saúde, revelou que em 2011 foram gastos R$ 23 bilhões com o tratamento de algumas das mais de 50 doenças tabaco-relacionadas. De outro lado, a arrecadação com impostos sobre cigarros (produto de tabaco mais consumido) recolhidos naquele ano foi da ordem de R$ 6 bilhões. Mas o custo do tabagismo no Brasil avaliado pela pesquisa ainda está subestimado: não incluiu o custo gerado pelo absenteísmo, perda de produtividade, despesas das famílias dentre outros gastos indiretos relacionados ao tabaco.
O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam.
As estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não fumantes apresentam um risco 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão; 5 vezes maior de sofrer infarto; 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar e 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral.
No Brasil, o câncer de pulmão é o tipo de tumor mais letal e também uma das principais causas de morte no país. Ao final do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitável. O consumo de tabaco é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão. Comparados com os não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão.
A OMS classificou o tabaco como um dos fatores que mais contribuem para a epidemia de doenças não contagiosas como ataques cardíacos, derrames, câncer e enfisema. O grupo é responsável por 63% de todas as mortes no mundo. Outras doenças relacionadas ao tabagismo são: hipertensão arterial, aneurismas arteriais, úlcera do aparelho digestivo, trombose vascular, osteoporose, Catarata, impotência sexual no homem, infertilidade na mulher, menopausa precoce e complicações na gravidez.
No Brasil, atualmente, o tratamento do tabagismo tem como referência o Sistema Único de Saúde (SUS), que compreende o acesso da abordagem nos três níveis de atenção à saúde (básica, média e alta complexidade).
Esse modelo de tratamento é baseado na abordagem cognitivo comportamental possibilitando que o tratamento seja realizado em grupo ou individualmente, e tem como objetivo auxiliar o fumante a desenvolver habilidades que o auxiliarão a permanecer sem fumar. O apoio medicamentoso, quando necessário, é outro recurso usado no tratamento do tabagismo e disponibilizado na rede SUS.
Além disso, setores da sociedade civil mostram-se presente na temática de prevenção ao tabagismo, desde empresas, ONGs e ações individuais que realizam programas preventivos com intuito de conscientizar o indivíduo sobre consequências do tabaco à saúde.
Tabagismo, apague esta ideia!
Fonte: www.inca.gov.br