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Reflexão: Envelhecimento e qualidade de vida

Pe. Mundinho, sdn

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No Brasil a longevidade tem crescido e já passa a média mundial – é de 75 anos e a média mundial é 71,4 anos. Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), expectativa de vida aumentou 5 anos entre 2000 e 2015, crescimento mais rápido desde os anos 1960. No mundo o Japão é país com maior expectativa de vida, com uma média de 83,7 anos seguido da Suíça, com 83,4 anos. Angola, país africano de língua portuguesa (onde trabalham em missão no interior, os missionários sacramentinos de Nossa Senhora), registrou a maior taxa de mortalidade infantil e a segunda menor de esperança de vida em 2015. No país, a cada mil nascidos vivos, morrem 156,9 crianças até os cinco anos. No Brasil esta taxa é de 16,4.

Mulheres – em todos os países, as mulheres vivem mais que os homens, com uma expectativa média mundial de 73,8 anos, enquanto os homens apresentaram média de 69,1 anos.

Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional

para Longevidade no Brasil, braço da OMS, diz que

envelhecimento exige qualidade de vida.

As moradias deverão se adequar aqueles e àquelas  que não mais tem determinadas mobilidades na caminhada e na movimentação. As residências ainda mantêm escadas, lances com vários degraus, faltam rampas de acesso, corrimãos, portas mais largas,  barras nos sanitários e outros equipamentos.

É preciso tornar os lugares em que se vive ambientes amigáveis para as pessoas mais velhas. Pesquisar e promover exercícios físicos adequados. Caminhar na praça. Lugar para lazer. Melhoria no transporte público.

A alimentação é outro fator preponderante no comportamento familiar e social. Novas regras nos costumes e na dieta com a devida reeducação alimentar – comida saudável e colorida!

Realinhar o sistema de saúde às necessidades dos idosos e que o governo desenvolva sistemas de cuidados de longo prazo que possam reduzir o uso inadequado dos serviços de saúde. É preciso dar atenção à educação que inclui mudanças na formação educacional dos médicos. Precisamos de enfermeiros (as), cuidadores (as), de melhores cardiologistas, ortopedistas, geriatras e, de uma forma geral, que os médicos foquem nas doenças crônicas e que sejam antenados com o envelhecimento.

No âmbito comportamental deverão ocorrer modificações nos relacionamentos familiar e social. Ter a devida paciência para ouvir as mesma histórias em um curto espaço de tempo. Saber acolher , com a devida compreensão, as carências e deficiências da afetividade, sobretudo quando lhes faltou a atenção e o carinho. Estar atento que causa grande tristeza aos mais idosos a conscientização de que a cada dia o corpo não mais corresponde ao comando do cérebro. Não podem e não mais dão conta de operarem uma série de atividades.

O atual governo brasileiro está preocupado e ocupado com as aposentadorias. Ele se empenha para fazer passar no Congresso Nacional a Reforma da Previdência. O Ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse nesta terça-feira (18) em entrevista ao G1 (portal do Sistema Globo) que, sem a aprovação da reforma da Previdência, a regra que criou o teto para gastos públicos se tornará “incompatível” com a realidade orçamentária do país a partir de 2020. De acordo com o ministro, sem a reforma, até 2020 todo o espaço de crescimento do gasto garantido pelo teto seria utilizado para cobrir o aumento do rombo da Previdência e não sobraria recursos para outras despesas.

Porém, para além destas discussões de ordem econômico-financeira, o Governo brasileiro acaba de assinar dispositivo que trás alguma modificação no Estatuto do Idoso O presidente Michel Temer sancionou nesta quarta-feira, 12, a lei 13.466, que altera o Estatuto do Idoso e estabelece prioridades às pessoas com mais de 80 anos. Segundo a alteração, os maiores de 80 anos sempre terão suas necessidades atendidas com preferência em relação aos demais idosos, exceto em caso de emergência”, diz a norma. De acordo com o Estatuto do Idoso, são consideradas idosas pessoas a partir de 60 anos.

Estas e outras preocupações chegam, em nossos dias, para nos alertar da nova realidade que estamos vivendo em nosso país. A responsabilidade de bem envelhecer é algo complexo que envolve a responsabilidade de cada um individualmente. Envolve o Estado, a sociedade, a população, a família, órgãos públicos e demais instituições. É preciso pensar no idoso, temos de dar ênfase a eles. Porque o envelhecimento está chegando rápido.

A OMS está dizendo, não só para o Brasil,

mas para os seus 193 países membros:

acordem!

 

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