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Balanço do Disque Denúncia revela mais de 27 mil prisões e apreensão de 4 toneladas de drogas em um ano

Ao longo de nove anos de operação do serviço, foram mais de 7 milhões de chamadas e mais de 670 mil denúncias

Mais de 27 mil pessoas foram presas ou recapturadas e quase quatro toneladas de drogas foram apreendidas entre janeiro de 2016 e fevereiro de 2017. Tudo isso graças a denúncias anônimas registradas pela população por meio do 181 – Disque Denúncia.

O canal de comunicação tem sigilo absoluto e anonimato garantido e é uma importante contribuição ao trabalho da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Somente nos dois primeiros meses deste ano, 3.688 indivíduos foram presos, 728 quilos de drogas e 181 balanças de precisão foram recolhidos, 478 armas apreendidas e 978 animais silvestres resgatados, para citar alguns exemplos.

Os números dão ainda mais relevância ao serviço quando é considerada a atuação do 181 nos últimos nove anos: são mais de 139 mil pessoas presas e 31 toneladas de drogas retiradas de circulação. Em novembro, o serviço completará 10 anos de atuação, sob a coordenação do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), e do Instituto Minas pela Paz.

O tráfico de drogas é o principal crime relatado pelos cidadãos. Em 2016, das 83.069 denúncias, 59% foram referentes a este tipo de crime. Em segundo lugar estão denúncias ligadas a crimes ambientais, seguidas por denúncias relativas a atividades de bombeiros (vistorias de fiscalização, em sua grande maioria). Desde a criação do serviço, o tráfico de drogas lidera as denúncias. Foram 411.611 ao longo de nove anos.

Somente no ano passado três toneladas de drogas foram apreendidas durante as investigações desencadeadas por meio de denúncias realizadas ao 181. Ao longo dos anos de programa foram mais de 31 toneladas de ilícitos que foram interceptados antes de chegarem à população. Maconha, crack e cocaína lideram as apreensões.

“O sucesso do 181 Disque Denúncia deve-se à integração entre as instituições policiais e Corpo de Bombeiros, em parceria com uma instituição sem fins lucrativos que é o Minas pela Paz. Esta parceria e esta integração ajudam a população a fazer a denúncia e cooperar para um ambiente de paz na nossa sociedade”, destaca o subsecretário de Integração da Sesp, Marcelo Vladimir Corrêa.

O balanço também aponta que as denúncias que chegaram ao DDU possibilitaram a apreensão de cerca de R$10 milhões em espécie. Parte deste dinheiro é proveniente do tráfico de drogas. Foram mais de R$2,5 milhões apreendidos em operações policiais. O restante é proveniente de multas aplicadas por infratores de diferentes naturezas.

“Há dez anos, o Minas pela Paz propôs um Disque Denúncia unificando as informações para as polícias e Corpo de Bombeiros do Estado. O Governo aderiu prontamente e a população se engajou de forma exemplar. Essa atuação conjunta tem gerado resultados significativos para a sociedade”, destaca o gestor do Minas pela Paz, Maurílio Pedrosa.

Sigilo absoluto

Somente em 2016, a central telefônica de atendimento registrou 83.069 denúncias, uma média de 6.922 por mês e 230 por dia.

A segurança do serviço funciona como um estímulo a mais para o envio de informações. “As ligações são criptografadas, dando tranquilidade de que o sigilo é absoluto”, salientou a delegada e coordenadora do Disque Denúncia pela Polícia Civil, Tatiana Boueri.

Quando o telefone chama na central, o tempo médio de espera do denunciante é de vinte segundos. Ao ser atendido, quem faz a denúncia recebe uma senha para acompanhar o andamento das investigações. As informações repassadas a um dos atendentes são registradas e encaminhadas para analistas das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros. Esses servidores analisam, classificam e incorporam à denúncia outras informações, quando já existentes em bancos de dados dessas instituições, que também auxiliam na solução do caso.

Esse tratamento dado à informação é um dos fatores da eficiência do serviço, como avalia o coordenador da Polícia Militar no 181 Disque Denúncia, tenente coronel Marcus Aurelius Ribeiro. Segundo ele, os dados recebidos agregam muito no planejamento de operações policiais, assim como no destacamento do policiamento em diversas cidades mineiras.

Já o coordenador do 181 pelo Corpo de Bombeiros, capitão Paulo Montezano, salienta a importância do 181 para a corporação. “A crescente preocupação do cidadão se reflete no aumento de denúncias de edificações que, em tese, apresentam deficiência nos sistemas de proteção contra incêndio e pânico, possibilitando uma atuação ainda mais direcionada do Corpo de Bombeiros nas atividades preventivas”.

Casos que não devem ser registrados no 181

O 181 Disque Denúncia não oferece resposta imediata, já que existe um prazo de 90 dias para apurar e responder a denúncia apresentada. Quando o cidadão precisar de uma resposta rápida, como em casos de flagrante, por exemplo, deve entra em contato direto com as corporações: Polícia Militar (190), Polícia Civil (197) e Corpo de Bombeiros (193).

As denúncias específicas de violência contra idosos, mulheres e pessoas com deficiência também não devem ser feitas pelo 181, mas pelo Disque Direitos Humanos (0800 031 1119). Um serviço gratuito, sigiloso, que também recebe ligações de todo o Estado e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h.

Fonte: agenciaminas.mg.gov.br

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