Bairro Coqueiro: entidades buscam soluções para a segurança pública
Com o objetivo de elaborar melhorias em prol da segurança pública no bairro Coqueiro, a associação de moradores, juntamente com membros do Conselho Tutelar e Policia Militar, realizou uma reunião na terça-feira, 28 de março. Durante a reunião, as autoridades e representantes do conselho apresentaram um pouco sobre o trabalho e as melhorias necessárias para o bom andamento da entidade. Os moradores também destacaram as demandas na área de segurança da localidade.
Os diálogos em benefício do local se estenderam até o entendimento entre as partes. Tanto moradores quanto conselheiros se mostraram dispostos a monitorar as diversas ações conflituosas que acontecem rotineiramente no local. Mas para que essa ação se torne mais eficiente, as entidades necessitam do apoio de outros órgãos municipais, conforme explica o presidente da associação de moradores do Bairro Coqueiro, Renan Coelho Silva. “Convidamos e sentimos falta da presença de representantes do Ministério Público, membros do judiciário, Prefeitura de Manhuaçu e Ação Social que nós também convidamos. Precisamos que estes órgãos estejam unidos para que as melhorias se concretizem”.
A vontade em traçar planos de ações para o bairro e suas inquietudes, fez com que o presidente da Associação local se mostrasse contente com o resultado do encontro, mesmo com a ausência das instituições citadas. Segundo ele, os conselheiros se colocaram à disposição para ajudar os moradores e se mostraram acessíveis as conversações com Tenente Hamilton – representante da Polícia Militar, e por isso, acredita que o bairro pode ter um resultado positivo em um curto espaço de tempo, se casos as instituições e órgão competentes se mostrem dispostas em ajudar. “Veremos quais serão os próximos passos, estamos confiantes acerca de melhorias para a nossa moradia. Mas como eu falei anteriormente, necessitamos de outras entidades para conseguirmos o objetivo, como os fiscais da Prefeitura para realizar a inspeção os bares e observar se as mesas estão nos lugares corretos, além de verificar se os alvarás estão em dia, dependemos da Vigilância Sanitária para verificar se os alimentos servidos atendem as condições necessárias de higiene, do Ministério Público para acionar o Poder Judiciário, caso alguma medida necessite ser tomada, enfim, todas as entidades devem estar em concordância para que as carências do bairro sejam resolvidas”, salientou.
As necessidades que o presidente da Associação se refere não se aplicam somente ao Coqueiro. Outros lugares de Manhuaçu também sofrem com a falta de empatia por parte de pessoas desprovidas de bom senso. Tanto que na reunião do dia 28 um morador do bairro Matinha se fez presente para demonstrar os mesmos problemas enfrentados pelos residentes do Coqueiro, demonstrando assim que os grandes bairros da cidade também vêm enfrentando uma onda de desrespeito e insegurança, devido as atitudes de pessoas desprovidas de cidadania. “Com a presença do morador da Matinha contata-se que o problema não está somente no Coqueiro. A cidade de Manhuaçu está sofrendo com o descaso dos cidadão(ã)s, seja através de um som alto, tráfico e consumo de drogas – ilícitas e licitas, brigas e prostituição. Conheço moradores da Ponte da Aldeia que me relatam os mesmos problemas, que acontecem em toda a cidade”, enfatizou.
E para que estes problemas sociais sejam ao menos reduzidos, Renan Coelho conclama novamente os órgãos municipais responsáveis pela fiscalização de atividades errôneas que acontecem nos bairros. “Precisamos ter uma ação integrada. Estamos defendendo que comece pelo Coqueiro, mas esperamos que as atitudes regulamentadoras se estendam a todos os bairros de Manhuaçu. Nós não podemos viver em uma sociedade aonde o outro se julga no direito de fazer barulho até de madrugada e depois vai dormir as três, quatro horas da manhã para acordar ao meio dia, enquanto outros tem que acordar às sete da manhã para trabalhar. É injusto. Outros estacionam nas portas das garagens, e, às vezes, nos pontos de ônibus, travando todo o trânsito. Essas situações não acontecem somente com nós, moradores do Coqueiro, elas se estendem por grade parte da cidade, e por isso a participação de entidade regulamentadoras e fiscalizadoras e importante no trabalho de prevenção e repressão a essas atitudes absurdas”, finalizou.
Resultados da audiência Pública
A respeito da audiência pública realizada no dia 21 de fevereiro, o presidente da associação de moradores do Bairro Coqueiro diz que pouca coisa aconteceu desde então. Ele afirma que houve uma fiscalização por parte da Prefeitura e alguns comerciantes se dispuseram a fechar seus estabelecimentos até 1h da madrugada. Porém, segundo Renan Coelho, são ações isoladas e de cunho pessoal, pois ainda existem alguns comerciantes que vão contra as ações propostas na audiência pública e mantém seus comércios abertos até altas horas da madrugada – principalmente na sexta e sábado, e continuam desrespeitando uma Lei Municipal que estabelece um volume de até 55 decibéis para sons voltados para rua, tanto de dia quanto a noite. Ele espera que as medidas discutidas na Câmara Municipal no dia 22/02 não passem despercebidas e sejam colocadas em prática, de forma efetiva.
Danilo Alves – Tribuna do Leste