Alemanha aprova os cafés das Matas de Minas
O Café das Matas de Minas foi apresentado com sucesso na Alemanha dentro do projeto Minas CoffeeOrigns – Berlin Road Show, organizado pelo Sebrae Minas.
Durante doze dias, o projeto levou para Berlim – Alemanha os cafés das três origens produtoras mineiras: Região do Cerrado Mineiro, Região das Matas de Minas e Mantiqueira de Minas. Nesse período, percorreu cafeterias, loja de departamento e até a Embaixada Brasileira apresentando os cafés com origem controlada e qualidade garantida.
Abaixo, ouça a avaliação do cafeicultor Sérgio Cotrim D’Alessandro
A missão esteve na capital alemã de 30 de janeiro a 11 de fevereiro e a data foi escolhida aproveitando o grande movimento na cidade nesta época do ano. “A estratégia foi construída para apresentar as origens produtoras de café de Minas Gerais ao mundo, já que Berlin, nesta época do ano, é palco de eventos de visibilidade mundial, como o Festival de Cinema e a Fruitlogistica”, explica o analista da Unidade de Agro do Sebrae, Cláudio Wagner Castro.
A primeira ação foi à venda e a degustação dos cafés com origem controlada no gigantesco templo de consumo de Berlin, a loja de departamentos KaDeWe. Segunda maior do gênero na Europa (atrás apenas da londrina Harrods), a KaufhausdesWestens (KaDeWe) ocupa um prédio de oito andares.
Os cafeicultores Sérgio Cotrim D’Alessandro e Julênia Lopes estiveram representando as Matas de Minas. “Estivemos no estande montado no KaDeWe apresentando o café das Matas de Minas e uma barista foi contratada para o preparo dos cafés”, pontua.
Ele conta que a idéia era avaliar a percepção dos consumidores da Alemanha em relação ao café. “A percepção foi muito positiva. Mais de 90% das pessoas que visitaram, levaram os cafés das três origens. Destacamos isso: as três regiões com origem controlada possuem características específicas e por isso são interessantes para o consumidor. O resultado é que temos espaço para os nossos cafés entrem no mercado europeu”.
A embaixada brasileira foi a casa dos cafés mineiros no segundo dia de ação. Um Cupping para torrefadores e baristas da Alemanha colocou as origens, em contato direto com compradores, que tiveram a oportunidade de apresentar as características dos cafés e a história da Região.
“Estivemos na Embaixada Brasileira com a presença de 15 micro torrefadores – compradores de cafés de alta qualidade. Houve palestras das três regiões e vídeos com as informações de cada origem controlada. Depois fizemos visitas nas cafeterias e apresentações com diversos especialistas. Ficamos muito satisfeitos. Os cafés das Regiões das Matas de Minas foram muito bem aceitos. São consumidores muito exigentes e todos notaram as diferenças, as características únicas do nosso café”, reforçou Sérgio D´Alessandro.
O consultor explica que a Região das Matas de Minas mostrou ao mercado uma cafeicultura naturalmente artesanal, ou seja, a colheita é feita com as mãos, numa região montanhosa, que pode assim selecionar cafés diferenciados. “Nossos cafés, do ponto de vista sensorial, são muito doces e alguns com acidez cítrica. Aquela fruta que tem doçura, mas também acidez. Isso encantou os consumidores na Alemanha. Percebemos que estamos no caminho certo. Lógico que tem muito trabalho pela frente. Caminhamos bastante nesses cinco anos e agora estamos no momento de vender esses cafés. Alguns produtores vão iniciar e todos podem seguir neste caminho”.
Mais mercado
O mercado de café alemão cresce cerca de 2,2% ao ano, movimentando cerca de €3,5 bilhões, segundo números da AllegraStrategies. Por isso, a missão também visitou cafeterias que trabalham com cafés de origem controlada como a ChapterOne e a Roststatte onde promoveram Cupping e degustações com os baristas e clientes das cafeterias.
Segundo Cláudio Wagner Castro o projeto deve receber uma nova versão na Alemanha e uma no Brasil. “Para o SEBRAE o Minas CoffeeOrigins (Berlin) foi um sucesso. O sucesso foi tamanho que já retornamos para o Brasil com o convite da Embaixada, KaDeWe e cafeterias para replicar a ação em 2018. Nosso próximo desafio é realizar um Minas CoffeeOrigins no Brasil, e isto vai acontecer, pois os produtores voltaram muito animados com a iniciativa e seus resultados.” – explicou.
Carlos Henrique Cruz