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Café das Matas de Minas desembarca em Berlin

Assessorados pelo Sebrae, produtores mineiros vão mostrar seus cafés de origem a compradores de todo o mundo durante eventos na Alemanha

CapaProdutores mineiros de cafés de origem controlada preparam-se para chegar na Alemanha. No período de 30 de janeiro a 11 de fevereiro, eles estarão apresentando seus produtos junto ao exigente público europeu, em Berlin, na Alemanha.

“A estratégia foi construída para apresentar as origens produtoras de café de Minas Gerais ao mundo, já que Berlin, nesta época do ano, é palco de eventos de visibilidade mundial, como o Festival de Cinema e a Fruitlogistica”, explica o analista da Unidade de Agro do Sebrae, Cláudio Wagner Castro. De fato, o Festival de Cinema de Berlin é um dos mais aguardados por astros e estrelas e a Fruitlogistica é simplesmente a maior feira de fruticultura da Europa. As apresentações do café mineiro serão feitas em três momentos.

O primeiro será na embaixada brasileira em Berlin, onde haverá uma sessão de cupping (prova) da bebida, com as presenças de cafeicultores das principais origens produtoras de Minas (Cerrado Mineiro, Mantiqueira de Minas e Matas de Minas). Os agricultores, em contato direto com torrefadores e compradores alemães, terão a oportunidade de apresentar em detalhes o seu produto, apontando as características do grão e a história da região de origem.Café-grãos

No segundo, os cafeicultores, representando seus territórios, irão colocar seus produtos à venda no gigantesco templo de consumo de Berlin, a loja de departamentos KaDeWe. Segunda maior do gênero na Europa (atrás apenas da londrina Harrods), a Kaufhaus des Westens (KaDeWe) ocupa um prédio de oito andares – sete abrigam mercadorias e, o último, um restaurante. São 60 mil m2 de área, 380 mil artigos disponíveis, 2.000 funcionários e 180 mil visitantes/dia, de todas as partes do mundo.

O terceiro momento para a promoção dos cafés mineiros se estenderá por toda a bela e cosmopolita Berlin. A bebida produzida em Minas será apreciada, degustada e vendida, ao público em geral, em duas cafeterias da cidade.

Regiões mineiras

Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil, com uma produção anual de 25 milhões de sacas anuais (51% do total nacional). O estado possui, atualmente, três regiões demarcadas como Origem Controlada – Cerrado Mineiro, Mantiqueira de Minas e Matas de Minas. Os cafés ali produzidos são de alta qualidade, reconhecidos e premiados no mundo.

Na Região do Cerrado Mineiro a área demarcada é composta por 55 municípios do Noroeste do estado. Os cafés trazem a identidade e os atributos sensoriais originados a partir das condições edafoclimáticas (conjunto de características do meio, como clima, relevo, temperatura, umidade do ar, radiação, tipo de solo, composição atmosférica e precipitação pluvial).

Situada na face mineira da Serra da Mantiqueira, no Sul do estado, a Região da Mantiqueira de Minas engloba, em seu território demarcado, 25 municípios, reconhecidos mundialmente pela alta qualidade dos seus cafés. A produção vem de pequenos cafeicultores, maioria absoluta, destacados pelo trabalho de vanguarda que realizam e que resultam na oferta de cafés raros e surpreendentes.

A Região das Matas de Minas engloba 63 municípios do Leste e da Zona da Mata mineira, em área de Mata Atlântica. A produção local é naturalmente sustentável, marcada pela predominância da agricultura familiar e a integração entre o homem e a mata. O clima ameno e a evolução tecnológica dos processos artesanais conferem a produção de cafés de qualidade artesanal e diversos sabores e nuance.

01Origem controlada

Um café de Origem Controlada é diferente de um café especial. Trata-se de um produto de terroir produzido em área demarcada (com características específicas de solo, clima e relevo), aliado à cultura do território e ao saber fazer. “Um café de origem controlada é um produto com identidade”, resume Cláudio.

A Origem Controlada é única e pertence aos produtores de forma coletiva, ou seja, valoriza, além do produto, os cafeicultores e a região. “Em consequência, os consumidores passam a ter referência em vários aspectos, que vão além da qualidade do produto”, ressalta o analista.

Fonte: revistacafeicultura.com.br

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