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Vigilância Ambiental intensifica combate ao mosquito Aedes

O combate ao Aedes aegypti é uma responsabilidade dos órgãos públicos e de toda população. O mosquito se reproduz em qualquer lugar que houver condições propícias (água parada limpa ou pouco poluída), e conscientização da população e a tomada de medidas são de fundamental importância para a redução das doenças proporcionados pelo mosquito, como a dengue, zika e chikungunya.

O verão aumenta a preocupação, pois nesta época do ano é naturalmente maior o risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, a possibilidade de transmissão de dengue, zika e chikungunya. A coordenadora da Vigilância Ambiental, Emilce Estanislau, destaca uma maior intensificação de combate ao mosquito no município. “Estamos em parceria com diversos órgãos municipais que podem ajudar no combate ao mosquito, além da população, que precisa dar a sua colaboração. Afinal, a grande maioria dos criadouros estão dentro das casas”, enfatizou.

Ainda não existe vacina ou medicamentos contra as doenças oriundas do Aedes. Portanto, a única forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros. Uma vez que dengue, zika e chikungunya são transmitidas pelo mesmo mosquito, as formas de prevenção das três doenças são as mesmas. São medidas simples, e talvez por isso algumas passem despercebidas. A dica, então, é fazer uma lista com tudo o que deve ser verificado dentro de casa e no quintal para que nenhum item importante seja esquecido.

A coordenadora da Vigilância Ambiental orienta a população a escolher dias fixos da semana para fazer vistorias e eliminar os criadouros do vetor, pois o ciclo evolutivo do mosquito dura, em média, de cinco a sete dias. “Portanto, se a pessoa elegeu o sábado para fazer a vistoria, ela precisa fazer a limpeza sempre nos sábados. Isso porque se numa semana ela fez a vistoria no sábado e na outra deixou para fazer na segunda-feira, por exemplo, já se passou o período evolutivo e novos mosquitos podem ter surgido”, esclarece Emilce.

Recipientes como vasilhas de animais domésticos necessitam ser limpos com uma boa escovação nas bordas para retirar possíveis ovos do mosquito. O mesmo deve ser feito com vasos de plantas, tonéis, caixas d’água e a bandeja que fica atrás da geladeira. Aliás, além de limpos, a bandeja detrás da geladeira e os vasos de planta devem ser mantidos sempre sem água. “A escovação desses locais é importante porque a fêmea coloca o ovo na parede desses recipientes e ele pode ficar lá até 450 dias, ou seja, mais de um ano. Assim que entrar em contato com a água, em um ou dois dias o ovo eclode e a larva, que é o primeiro estágio do mosquito, vai para a água. Daí por diante o mosquito completa sua evolução na água e depois vai para o ambiente”.

O quintal é outro local que pode se tornar um grande depósito de criadouros do mosquito Aedes, por isso, também deve ser vistoriado toda semana num dia fixo. É importante manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas e sacolas plásticas. Segundo a coordenadora da Vigilância Ambiental, a comunidade deve se certificar de que as lonas de cobertura estejam bem esticadas para não haver acúmulo de água quando chover.

Ela recomenda que as garrafas vazias fiquem de cabeça para baixo, e se por algum motivo tiver pneus no quintal, mantenha-os secos e abrigue-os em local coberto ou descarte-os corretamente se não tiverem utilidade. “Se a casa tiver que ficar fechada por mais de cinco dias, tempo que o mosquito leva para se desenvolver, é importante repassar a lista de verificação antes de sair, lembrando também de manter fechadas as tampas de vasos sanitários e de ralos pouco usados, como os de áreas de serviço e de lazer, que tenham a possibilidade de acumular água; fechar os ralos dos banheiros; e guardar a vasilha de água e de comida dos animais de estimação”, esclarece Emilce Estanislau.

Áreas de risco e LIRAa

De acordo com a coordenadora da Vigilância Ambiental, a situação em que o município se encontra diante do Aedes é preocupante. Emilce explica que o ano de 2017 começou com atividades direcionadas ao Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado na segunda-feira, 02/01, tendo em vista que o último levantamento ocorreu em meados de outubro, data em que as chuvas ainda não tinham chegado ao município. “Naquela época tínhamos um índice de infestação de 0,8%. A porcentagem abaixo de 1% é considerada satisfatória para o Governo do Estado. Entre 1 e 3,9%, os municípios devem ficar em alerta. Acima de 3,9% é considerado alto risco de uma epidemia. Porém, mesmo naquela época, existiam áreas comprometidas dentro da sede, como Engenho da Serra, Matinha e Santa Terezinha. Estamos com vários casos suspeitas de dengue espalhadas pela cidade, inclusive nos bairros citados, que em outubro já apresentavam um índice alto em relação a proliferação do Aedes. E com a chegada da chuva e do calor, com certeza pioraram o seu quadro”, elucida a coordenadora da vigilância Ambiental.

A Vigilância Ambiental tem trabalhado diariamente no controle do mosquito Aedes aegypti e outras pragas, realizando, também, ações de conscientização da população através de palestras e reuniões em escolas, condomínios, empresas, prédios, entre outros locais. “Existe uma programação de rotina do agente de vigilância ambiental, durante todo o ano, para que sejam realizadas ações educativas e resolutivas. Também trabalhamos na identificação de locais com grande oferta de criadores, como borracharias e sucatas. Outra ação de rotina é a aplicação de inseticida com máquinas motorizadas ou manuais”, explicou a coordenadora da Vigilância Ambiental.

 Danilo Alves

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