Jovem busca reconhecimento no ramo musical
A chama de um sonho jamais devem desaparecer. Mesmo após sentirmos as ações do tempo e acharmos que não somos capazes de buscar aquele sonho almejado, exemplos de vida e superações do cotidiano demonstram que a vida deve ser encarada como um aprendizado em todos os momentos e nunca vista como algo estático, pois estamos sempre em movimento. Um exemplo a ser citado é o do jovem André Augusto Damasceno, conhecido no ramo musical como André Leoni. O rapaz de 23 anos, estudante de direito – forma neste ano, e tem o sonho de ter o seu trabalho reconhecido.
O gosto pela música surgiu bem cedo na vida de André, mais precisamente aos 10 anos de idade. Mas foi com 13 que o rapaz teve o seu primeiro contato com um evento musical que acabou transformando a sua vida e oferecendo mais força para perceber que o seu destino era a música. “Quando fiz 13 anos, montei uma banda de pop rock com meus amigos. Teve um churrasco beneficente no Parque de Exposições e as pessoas envolvidas na promoção do evento entraram em contato conosco para realizarmos nosso primeiro show. Peguei a minha guitarra, subi no ônibus e fui para o Parque de Exposições. Chegando lá, só eu compareci ao evento, o restante da banda não teve coragem de ir. Então, eu subi no palco, cantei umas cinco músicas – morrendo de vergonha, e a partir desta situação eu percebi que queria continuar cantando”, enfatiza.
O jovem veio do interior de Ipanema e por isso possui um gosto mais voltado para o sertanejo de raiz, suas principais influências são a dupla Zezé de Camargo e Luciano. A família do jovem cantor, mais especificamente a sua mãe, é uma grande incentivadora de seu trabalho, apesar da cautela inerente a todas as mães. André faz uma média de quatro a cinco shows por mês e os principais locais em que se apresenta são bares da cidade, eventos particulares, e churrascos.
Segundo André Leoni, um ponto que chama atenção em Manhuaçu e região é o reconhecimento, ou a falta dele, aos artistas residentes no município. “Acho que muitas pessoas têm vontade de seguir alguma carreira artística, mas a falta de incentivo aos artistas do município acaba gerando desmotivação. A exemplo cito a Feira da Paz, era raro vermos algum artista do município se apresentando neste evento. Deveria ter uma união, tanto da cidade, como dos músicos também”.
Apesar da crise envolvendo a economia como um todo e incluso o cenário fonográfico, o cantor André Leoni se mostra otimista quanto ao sucesso de sua carreira, visto que o trabalho e dedicação em prol da música ultrapassam os limites da crise. “Hoje em dia, para conseguir gravar pelo menos uma música já é complicado, porque o preço é alto. Eu, por exemplo, moro de aluguel, moro com minha mãe, tenho a faculdade para pagar. Então, acaba que aperta economicamente por um lado. Mas com muito esforço e empenho eu espero que até ano que vem eu tenha um CD de demonstração, com umas cinco ou seis faixas”, finaliza.
Danilo Alves