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A recusa de moradores em permitir a entrada dos agentes de endemias tem se tornado um grande desafio para o combate ao mosquito Aedes aegypti em Manhuaçu. A barreira cultural e a desconfiança da população dificultam a realização de um trabalho essencial para a prevenção de doenças como dengue, Zika e chikungunya.
De acordo com o supervisor de endemias, Felício Simão, a principal dificuldade enfrentada é conscientizar a população sobre a importância desse trabalho. “Estamos tentando mudar essa cultura da população e mostrar que não queremos causar problemas, mas sim trazer soluções. A Secretaria de Saúde tem capacitado os agentes para atuar de forma eficiente, e precisamos que os moradores compreendam que, ao permitir nossa entrada, realizamos um tratamento que protege a residência por 60 dias”, destacou.
A agente de endemias Estefânia Moreira reforça que, neste ano, o número de recusas aumentou significativamente. “Muitos moradores pedem para que voltemos em outro momento, e em alguns casos, simplesmente negam a entrada. Mesmo que a residência não apresente focos do Aedes aegypti, é fundamental receber os agentes para receber orientações sobre sintomas da dengue e a situação do bairro em relação a casos suspeitos ou confirmados”, explicou.
Para garantir a segurança e a identificação dos agentes, a Prefeitura de Manhuaçu disponibiliza uniformes padronizados e mochilas com o logotipo do Executivo Municipal. Além disso, todos os profissionais portam crachás de identificação, que podem ser solicitados pelos moradores em caso de dúvida.
Os agentes reforçam o apelo para que a população colabore, permitindo o acesso dos profissionais e contribuindo para a prevenção de doenças que podem se tornar epidemias. A conscientização e a colaboração dos moradores são fundamentais para o sucesso do trabalho realizado pelas equipes de endemia.
Danilo Alves – Tribuna do Leste