Nessa quarta-feira (4/12), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito instaurado para apurar o homicídio de um médico oftalmologista, de 71 anos, morto em seu sítio, em outubro deste ano, na cidade de Inhapim, no Vale do Rio Doce. Um homem de 27 anos, caseiro da vítima, e sua companheira, de 18, foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado, fraude processual, furto qualificado e porte ilegal de arma de fogo.
As investigações da PCMG começaram no dia 28 de outubro, quando a família do médico acionou a polícia após não conseguir contato com ele. Ao chegarem ao sítio, os policiais encontraram o idoso já sem vida e com sinais de violência. A perícia da Polícia Civil concluiu que o homicídio ocorreu no dia 27 de outubro, por volta das 10h.
Com base em levantamentos policiais, foi representado judicialmente pela prisão preventiva do casal investigado.
Crime
Conforme apurado, a motivação do crime estaria relacionada a uma discussão entre o médico e o caseiro, devido à insatisfação do idoso com o trabalho do funcionário.
Durante o desentendimento, o médico foi visto saindo de casa com uma arma de fogo, momento em que foi surpreendido pelo caseiro.
Os dois entraram em luta corporal e o suspeito tomou a arma da vítima. Um disparo foi registrado pelas câmeras de segurança, provavelmente no momento em que o caseiro conseguiu desarmar a vítima.
A situação se agravou com a participação da companheira do caseiro, que se juntou à agressão, desferindo socos e chutes contra o médico. Em seguida, a mulher foi até a casa da vítima, pegou um facão e voltou para golpear a cabeça do idoso por diversas vezes. Gravemente ferido, o médico ainda tentou caminhar até sua casa, mas foi novamente atacado.
As câmeras de segurança do local registraram o momento em que o suspeito apontou a arma para o médico, sugerindo que houve um segundo disparo. A companheira do caseiro teria ainda desativado a energia elétrica do local, dificultando qualquer possibilidade de defesa ou socorro à vítima.
Morte
De acordo com os laudos periciais, a vítima sofreu lesões graves na cabeça e dois disparos de arma de fogo, sendo um na coxa e o outro no tórax. Por meio de investigações, a PCMG concluiu que o médico foi executado de forma brutal, sendo atingido por último na região do tórax, mesmo depois de já estar debilitado pelas agressões.
Depois do crime, o casal fugiu levando a arma de fogo da vítima e estão foragidos desde a decretação da prisão.
Fonte: Polícia Civil