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Família de Mateus Augusto busca esclarecimentos sobre morte durante ação da Polícia Militar no bairro São Francisco de Assis

Na última sexta-feira (18), Mateus Augusto Teixeira, de 27 anos, morreu durante uma intervenção da Polícia Militar no bairro São Francisco de Assis. Segundo relatos da PM, o homem teria investido contra os policiais com uma faca e estaria em surto psicótico, o que justificou o uso de força letal. No entanto, familiares contestam essa versão e cobram esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte.

Contraponto dos familiares

Rosiney Alves Teixeira, mãe de Mateus, conta que o comportamento do filho mudou enquanto ele assistia à televisão, o que a levou a desligar o aparelho. Mateus, então, passou a ouvir música no celular e começou a agir de maneira agressiva. Diante da situação, a família acionou o SAMU, que ao chegar no local decidiu solicitar o apoio da Polícia Militar.

Segundo Rosiney, o tio de Mateus, Cândido Carlos da Silva, conseguiu acalmar o sobrinho antes da chegada da PM. Ela questiona a abordagem dos policiais e afirma que em momento algum consentiu com a entrada deles na residência, criticando a forma como a situação foi conduzida. O pai de Mateus, Geraldo Magela da Silva, corrobora a versão da esposa e acrescenta que seu filho foi morto dentro da casa, pedindo que a justiça seja feita.

Liderança comunitária 

Alex Roberto, líder comunitário do bairro São Francisco de Assis, também criticou a atuação da Polícia Militar. Ele afirma que os moradores sofrem com abusos de autoridade, citando blitzes frequentes e o impacto negativo na comunidade. Para Alex, a morte de Mateus Augusto foi o ápice de uma série de ações que geraram revolta entre os moradores, culminando em confrontos com os policiais. Ele destacou que foi necessário dialogar com a população para acalmar os ânimos.

Pronunciamento da Polícia Militar

Em resposta à reportagem, o tenente Bruneiffer, do 11º Batalhão de Polícia Militar, informou que todas as providências cabíveis estão sendo tomadas, e os fatos estão sendo investigados e serão encaminhados à Justiça Militar Estadual. Ele ressaltou que, embora a maioria dos moradores busque viver pacificamente, a área é conhecida por ser explorada por organizações criminosas, e a PM continuará atuando para combater a criminalidade, mantendo o respeito aos cidadãos de bem.

Danilo Alves – Tribuna do Leste

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