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Segurança Pública e Cidadania: Regulamentação urgente das redes sociais, um imperativo social

O recente e trágico suicídio de uma jovem de 18 anos trouxe à tona uma discussão premente sobre a necessidade crucial de regulamentar efetivamente as redes sociais. Essas plataformas, inicialmente concebidas como ferramentas de interação social, tornaram-se ambientes nocivos onde a irresponsabilidade dos usuários e a conivência das empresas têm desencadeado danos emocionais, não apenas entre os jovens, mas também entre os adultos.

O mal-uso das redes sociais tem sido um catalisador para afetar negativamente o bem-estar emocional de indivíduos, resultando em impactos devastadores que vão desde doenças emocionais até tragédias inimagináveis. É crucial reconhecer que o discurso da “liberdade de expressão” não deve servir como justificativa para a prática de ações irresponsáveis, criminosas ou antissociais. Nenhum direito constitucional pode ser interpretado como absoluto quando empregado para perpetrar crimes contra terceiros.

Diante desse cenário, é imprescindível estabelecer um marco regulatório que não apenas iniba, mas também responsabilize o uso indevido das redes sociais. Não podemos mais permitir que esses espaços virtuais se transformem em territórios sem lei, onde o ódio e a irresponsabilidade reinam, enquanto empresas visam exclusivamente lucros astronômicos.

O clamor por uma regulamentação mais assertiva das redes sociais reflete a necessidade urgente de proteger a saúde mental e emocional de nossos cidadãos. É dever das autoridades e das próprias plataformas promover um ambiente virtual seguro e saudável, onde a liberdade de expressão conviva em harmonia com a responsabilidade social. É hora de agir para que as redes sociais deixem de ser palcos para a disseminação do mal e se tornem verdadeiros espaços de interação construtiva e respeitosa.

 

Carlos Roberto Souza – Delegado

 

 

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