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Casos de febre maculosa disparam e superam em 48% o total de 2022 em Minas

Manhuaçu está entre as cidades com maior índice de casos suspeitos de febre maculosa no Estado de Minas Gerais. Transmitida pela picada de um carrapato infectado, a doença pode levar à morte.

Minas Gerais registra alta nos casos de febre maculosa em 2023. Até 25 de setembro, foram contabilizados 40 diagnósticos positivos para a doença, sendo 13 mortes. O caso mais recente de óbito foi confirmado em Juiz de Fora, na Zona da Mata, a vítima foi um homem de 37 anos. A informação consta no boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Conforme os dados disponibilizados pela SES-MG, o Estado contabiliza aumento de 48% de casos. Em 2022, foram 27 casos no Estado, e, este ano, até 25 de setembro, foram 40. Os números indicam alta de 48%. As mortes também aumentaram: 6 no ano passado e 13 até o momento, correspondendo ao aumento de 116%.

A febre maculosa é uma doença sazonal, embora os casos possam ocorrer durante todo o ano. O período de seca compreende a época com mais pessoas infectadas, entre os meses de abril a outubro. Trata-se de uma doença febril aguda, de gravidade variável (de formas leves e atípicas, até formas graves, com elevada taxa de letalidade).

Os principais vetores e reservatórios da doença são os carrapatos do gênero Amblyomma, também conhecidos como ‘carrapato estrela’.

Os principais sintomas da febre maculosa são: febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, além de paralisia dos membros que pode causar parada respiratória.

É comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos durante a evolução da doença. O diagnóstico pode ser sorológico, ou por pesquisa direta da bactéria Rickettsia rickettsii.

 

Prevenção 

 

Para áreas de conhecida infestação por carrapatos ou sob risco de ocorrência de casos, recomenda-se:

> Usar repelentes à base da substância Icaridina, que são eficazes na prevenção de picadas por carrapatos;

> Usar roupas de cor clara, vestimentas longas, calçados fechados (preferencialmente com meias brancas e de cano longo);

> Usar equipamentos de proteção individual nas atividades ocupacionais (capina e limpeza de pastos);

> Evitar sentar-se e se deitar em gramados em atividades de lazer como caminhadas, piqueniques, pescarias, etc.;

> Examinar o corpo periodicamente, tendo em vista que quanto mais rápido o carrapato for retirado do corpo, menor a chance de infecção;

> Se verificados carrapatos no corpo, retirá-los com leves torções e com o auxílio de pinça, evitando o contato com unhas e o esmagamento do animal;

> Utilizar de forma periódica carrapaticidas em cães, cavalos e bois, conforme recomendações de profissional médico veterinário;

> Limpar e capinar periodicamente áreas de vegetação passíveis de cuidados.

 

Thomaz Júnior / Com informações de ‘O Tempo’.

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