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Segurança Pública e Cidadania: Respeito não tem idade

A violência contra idosos no Brasil é um crime oculto e pouco falado, muitas vezes silenciado pela sociedade. Apesar de ser um problema grave e alarmante, poucas campanhas de esclarecimento são realizadas, o que contribui para o aumento da subnotificação desse tipo de violência.

A população idosa enfrenta diversos tipos de violência, incluindo física, psicológica, financeira e negligência. Essas formas de violência podem ocorrer tanto no ambiente doméstico quanto em instituições de cuidados para idosos. Infelizmente, muitos idosos sofrem calados, com medo de represálias ou de serem desacreditados.

A legislação brasileira contém dispositivos específicos para a proteção dos idosos, como o Estatuto do Idoso, que prevê punições para quem pratica qualquer tipo de violência contra essa população vulnerável. No entanto, a falta de alertas dificulta a aplicação efetiva dessas leis.

Para denunciar casos de violência contra idosos, é possível percorrer diversos canais, como o Disque 100, que é um serviço telefônico nacional de denúncias. Além disso, é importante informar a polícia local, o Ministério Público ou os conselhos municipais dos direitos do idoso. É fundamental que vítimas, familiares, amigos e vizinhos se mobilizem para combater essa violência e garantir a segurança dos idosos.

Uma medida efetiva para combater a violência contra idosos é a criação de uma rede municipal de proteção e assistência ao idoso. Essa rede pode ser composta por profissionais de diferentes áreas, como assistentes sociais, psicólogos, médicos, advogados e membros da sociedade civil organizada. Essa rede deve atuar na prevenção, no acolhimento, no encaminhamento e no acompanhamento dos casos de violência contra idosos.

É importante lembrar que todos nós seremos idosos um dia, e é responsabilidade de cada um de nós criar uma sociedade mais justa e segura para essa parcela da população. Além de combater a violência, é fundamental promover a inclusão e o respeito aos idosos em todas as esferas da sociedade. Isso inclui oferecer condições de moradia, acesso à saúde, lazer e participação social.

 

Delegado – Carlos Roberto Souza

 

 

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