Segurança Pública e Cidadania: O custo da violência no trânsito
O custo da violência no trânsito para o sistema de saúde no Brasil é alarmante. O país enfrenta uma realidade preocupante em relação aos acidentes e à violência no trânsito, o que resulta em grandes desafios para o sistema de saúde.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de acidentes de trânsito no Brasil é alto. Em 2021, foram registrados mais de 300 mil acidentes, que resultaram em aproximadamente 45 mil mortes e mais de 180 mil pessoas feridas gravemente. Esses números são apenas a ponta do iceberg, pois muitos acidentes não são notificados oficialmente.
Os custos diretos e indiretos desses acidentes são extremamente intensos. O sistema de saúde é impactado de várias maneiras, desde a demanda por atendimento de emergência até os custos de internação hospitalar, cirurgias, tratamento e tratamentos prolongados. A sobrecarga gerada por esses casos acaba afetando a qualidade do atendimento oferecido.
Além disso, o custo humano é incalculável. Vidas são perdidas e famílias são devastadas pela violência no trânsito. Acidentes de trânsito são uma das principais causas de morte no país, especialmente entre jovens e adultos em idade produtiva. Essas perdas têm um impacto social e econômico profundo, além do aspecto emocional para os envolvidos.
É importante destacar que grande parte desses acidentes é inevitável, pois está relacionada a comportamentos de risco, como excesso de velocidade, consumo de álcool antes de dirigir, desrespeito às leis de trânsito e uso inadequado de dispositivos de segurança, como cinto de segurança e capacete. A educação e conscientização da população são fundamentais para reduzir esses comportamentos e prevenir acidentes.
Investir em medidas de prevenção e segurança viária é essencial para reduzir os custos da violência no trânsito para o sistema de saúde. A implantação de infraestrutura adequada, como sinalização eficiente, faixas de pedestres e ciclovias, além do reforço da fiscalização, são medidas que podem contribuir para a redução dos acidentes.
Além disso, é necessário promover campanhas de educação no trânsito, envolvendo a população em geral, motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. É preciso conscientizar sobre os riscos e as consequências dos comportamentos de risco, incentivando a adoção de práticas seguras no trânsito.
A violência no trânsito tem um alto custo para o sistema de saúde no Brasil. Além dos impactos financeiros, as perdas humanas são devastadoras. É fundamental que o governo, as autoridades de trânsito e a sociedade como um todo se unam para enfrentar esse problema, investindo em medidas preventivas, vigilância e educação, a fim de reduzir a violência e preservar vidas.
Delegado – Carlos Roberto Souza