Sem voos comerciais desde 2019, o Aeroporto Regional de Manhuaçu, no Distrito de Santo Amaro de Minas, ainda não foi beneficiado pela política que vem sendo implementada pelo Governo de Minas desde o final do ano passado.
Um decreto assinado pelo governador Romeu Zema estabelece a possibilidade de redução da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), ou mesmo isenção, por exemplo, no caso do abastecimento de querosene para aeronaves para as empresas aéreas.
Iniciativa tem como objetivo impulsionar conexões aéreas regionais, nacionais e internacionais por meio do fortalecimento do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, que serve como um centro de distribuição de passageiros para outros destinos.
A empresa Azul Linhas Aéreas foi a primeira companhia a aderir à nova política estadual, anunciando voos internacionais para vários destinos e também ligações regionais para várias cidades em Minas.
Na primeira etapa foram beneficiadas as cidades de Paracatu, Patos de Minas, Varginha e Teófilo Otoni, que passaram a receber voos regulares, favorecendo deslocamentos empresariais e a criação de novos negócios.
Agora a Azul Linhas Aéreas anunciou a ampliação das cidades atendidas, incluindo também Araxá, na região do Alto Paranaíba, e dois voos semanais para São João Del Rei. Já a cidade de Divinópolis vai ganhar voos diretos para Campinas (SP), em São Paulo. A companha já opera regularmente em BH, Uberaba, Juiz de Fora, Ipatinga, Montes Claros, Uberlândia e Governador Valadares.
Em Manhuaçu, desde o último voo comercial do projeto Voe Minas, em junho de 2019, o Aeroporto Regional em Santo Amaro só recebe voos particulares ou de aeronaves fretadas, além dos pousos de UTI aérea ou comitivas do governo de minas para eventos oficiais na região.
Procurada pela reportagem do Tribuna do Leste, a BH Airport, através da sua assessoria de comunicação, informou que ainda não há nada consolidado em relação a possível inclusão de Manhuaçu nas conexões regionais. Acrescentou que vem investindo na ampliação de toda a malha aérea com a criação de novas rotas e destinos.
A expectativa é que a cidade também seja atendida com voos comerciais regulares, levando em conta o potencial econômico e a movimentação comercial em virtude da produção cafeeira e outros setores empresariais em toda a região.
As atrações turísticas, principalmente o Parque Nacional do Caparaó e Pico da Bandeira e o crescimento do turismo rural, em torno da produção de cafés de qualidades, sempre premiados em nível estadual e nacional, também podem alavancar interesses em rotas aéreas ligando a região a outros centros.
Júlio Oliveira / Com informações da Agência Minas