Vigilância Ambiental faz alerta para o combate ao Aedes por conta do período chuvoso
Chuva, calor, água parada, condições excelentes para que o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, possa se procriar. Mas o que todos já sabem, é que é necessário cada um fazer a sua parte para tentar barrar a infestação e os possíveis casos das doenças que o mosquito causa.
A Secretaria Municipal de Saúde de Manhuaçu, por meio da Vigilância Ambiental, tem intensificado as suas ações no combate ao mosquito e na conscientização da população, principalmente nos locais onde há grande infestação do mosquito. “Temos recebido nas últimas semanas muitas queixas, principalmente dessa infestação de locais que estão acumulando água e que estão sendo atendidos e que estão recebendo a nossa atenção especial, no que diz respeito a tentar eliminar esses possíveis locais, a tratá-los e orientar os responsáveis dos imóveis a proceder da mesma maneira. Mas a gente precisa, mais uma vez, que as pessoas se unam a nós, o poder público, para esse combate. As chuvas vão continuar, o calor vai continuar aumentando e nós vamos perder uma guerra para um mosquito, um ser tão pequeno, se cada um de nós não fizer a sua parte”, ressalta Emilce Estanislau Muniz, coordenadora da vigilância ambiental.
A coordenadora chama atenção para o papel do cidadão, para o seu comportamento, que deve verificar a sua casa, o seu local de trabalho, pelo menos uma vez por semana e eliminar os focos. “Durante um longo período do ano, as pessoas às vezes não se atentam para locais que precisam de atenção, como a caixa d’água que tem que estar devidamente vedada, as calhas que às vezes possam estar entupidas, um cuidado maior com a destinação adequada do lixo que é produzido, principalmente nesse período do ano, por conta de festas, quando a geração de lixo é muito maior”.
E o lixo, descartado incorretamente e de forma inadequada, é um dos campeões entre os criadouros do Aedes. “Nós temos que nos atentar para destinação adequada desse resíduo, que ele seja colocado embalado em sacos plásticos e em lixeiras no horário de recolhimento do lixo, para que a gente não espalhe resíduos no ambiente e que não vire também um criadouro”, explica Emilce.
Apelo
Mas todo o trabalho da Vigilância Ambiental no combate ao Aedes também depende da visita dos agentes de endemias, o que tem encontrado dificuldades em ser executado, como conta a coordenadora. “Durante grande parte do ano as pessoas não têm sido receptivas aos agentes de endemias, muitos não abrem as portas, não recebem o agente, algumas infelizmente não atendem com cordialidade. Mais do que nunca, a gente precisa que as portas se abram para que o trabalho do agente de endemias possa ser feito, para que a gente garanta a eliminação e a não manutenção desses criadouros. Isso não só nesse momento do ano, é durante o ano todo, porque se as portas tivessem sido abertas durante todo ano, talvez agora não tivéssemos tantos criadouros e não tivesse uma infestação tão alta como as pessoas têm-se queixado”.
Casos de dengue
Durante o ano de 2022, já foram 141 casos de dengue confirmados no município. “Nós já temos notificações de casos suspeitos de dengue no município, com resultados positivos já neste final de ano, então isso já é um alerta para a população, para ser mais cautelosa, para que a gente não termine 2022 e inicie 2023 já com surto de dengue. Quem apresentou sintomas, procure a unidade de saúde, procure um médico, para que a Vigilância Ambiental possa ser notificada em tempo oportuno e desencadear as ações de bloqueio da doença, para que ela não se espalhe pela comunidade”, enfatiza Emilce.
SECOM Prefeitura de Manhuaçu